Rodrigo Ghedin 12 anos atrás
Há alguns anos, quando gravadores de CDs começaram a se popularizar, costumávamos manter uma pilha de CDs virgens para toda e qualquer ocasião que os famigerados disquetes não pudessem dar conta. Isso foi no começo da década passada, quando pen drives eram bem raros de ser ver, caros e com espaço limitado.
O maior problema do CD era que eles só podiam ser gravados uma vez. Sim, sei que mesmo naquela época os CD-RW já existiam, mas eram mais caros e tinham um certo tipo de parentesco com canetas BIC, sumindo toda vez que precisávamos deles. Então, dá-lhe gravação de CDs. Deu erro? Grava outro. Faltou algum arquivo? Mais um.
Hoje só se usa CD para... para... bem, para nada. Não tenho mais sequer drive — meu antigão, interface IDE, não pode ser reaproveitado na nova placa-mãe, e o netbook, como tal, vem sem. E não está fazendo a mínina falta. Substituímos CDs, pouco a pouco, por pen drive, cartões SD e nuvem.
Toshiba Write Once.
As vantagens são inúmeras, de disponibilidade, passando por velocidade e até mesmo resistência às intempéries da vida. E, claro, tudo pode ser gravado e regravado. Ou podia. No Japão, a Toshiba está fazendo o que aos olhos de muito é um retrocesso: vendendo cartões SD que só podem ser gravados uma vez.
O formato é o mesmo, a única diferença visual está numa tarja colada no cartão com os dizeres "Write Once". O modelo tem 1 GB e não é vendido no varejo, mas mesmo assim já tem público cativo, formado por governos e grandes corporações. Venhamos e convenhamos, se tem alguém que pode tirar proveito desse dispositivo, são empresas e órgãos governamentais que precisam transmitir dados que não podem ser modificados.
O novo modelo da Toshiba chega para fazer frente ao SD Worm, da SanDisk, que funciona de modo bastante similar, porém é voltado para o uso em câmeras digitais de peritos. Quando a sessão é finalizada, o SD Worm se fecha e não aceita mais gravações.
Ainda não há planos para vendas internacionais e não se sabe o preço desses cartões SD.
Via BlackFridayDeals.