Carlos Cardoso 12 anos atrás
Todo mundo lembra. Durante o programa, onde atendia telefonemas ao vivo dos espectadores um garoto ligou, perdeu e o Bozo tentou consolá-lo. Irritado o moleque soltou um palavrão cabeludo, daquele que nem sonhávamos falar na frente dos pais.
O curioso é que ninguém viu em primeira mão a coisa, sempre conhecia um amigo, um primo, um vizinho que tinha testemunhado o caso. Mais curioso ainda era que o programa do Bozo era regional, com Bozos em várias praças, mas em todos o mesmo garoto (seria filho do Caixeiro Viajante?) havia dado a mesma demonstração de falta de Fairplay.
O programa em questão era o TV POW!
EM TEORIA uma inovação tecnologia permitiria que a criança falasse ao telefone “pow pow pow” (na época a grafia era outra, mas tudo bem, não atraía padres) e com isso o videogame exibido efetuaria disparos, contabilizando pontos. Não era exatamente controle total mas para um jogo de Coleco, Intellivision ou seja lá o que fosse aquilo, estava bom.
Na verdade nem o controle era verdadeiro. Um contra-regra tentava sincronizar e cada vez que o moleque gritava desesperado “POOOWWW” ele apertava o botão de tiro. UAU. Pois é, guri, a gente se interessava por muita coisa sem graça nos anos 80. Como sua mãe. BOOOOOMMMM NA LATA!
OK, admito, o TV POW visto hoje MESMO com as lentes rosa do saudosismo ainda é sem-graça pra caramba. Por isso não entendo qual a graça dessa invenção aqui debaixo. Um videogame com gráficos made in 1980 onde você não fala POW, fala PEW? E com DOIS pra controlar o personagem?
Me parece (e acho que acertei em cheio) app de máquina de karaoquê pra quem não sabe cantar, já assumindo que máquina de karaoquê já é pra quem não sabe cantar.
Fica o registro e o prêmio de invenção desnecessária da semana.
Fonte: Geeks are Sexy