Carlos Cardoso 13 anos atrás
Sempre que um formato de mídia surge, no pacote acompanham toneladas de variações, até o bom e velho CD tinha CD-I, VideoCD, ÁudioCD e vários outros que pegaram (ou não). A mídia física do momento, o disco Blu-ray segue uma linha semelhante, mas bem menos frustrante pois não é uma briga VHS/Betamax. Os novos formatos Blu-ray efetivamente trazem vantagens de armazenamento.
O lado bom é que os formatos anunciados pela Blu-ray Disc Association são generosos. Em um tempo onde qualquer filme educativo de meia-hora em HD ocupa pra lá de 1 GB, os 640 MB de um CD são inviáveis, mesmo os 4,7 GB de um DVD já não enchem os olhos. O disco Blu-ray de camada simples armazena 25 GB, subindo para 50 GB no camada dupla. Menos mal.
O BDXL (High Capacity Recordable and Rewritable discs) eleva essa capacidade para 128 GB em discos normais e 100 GB em discos regraváveis.
Antes que alguém diga que um disco regravável de 100 GB é mais que suficiente para qualquer um, uma lembrança: 3D, se pegar, consumirá o dobro de armazenamento dos filmes comuns. Jogos já usam e abusam do espaço, full HD não é o limite. Assim que o mercado ficar com sinais de saturação a indústria mostrará que full HD é um lixo, que você merece muito mais e de 1920x1080 passaremos para o dobro disso. lembrando que como lidamos com duas dimensões o dobro significa 4x mais pixels. E bits.
Ah, falei que os players convencionais não serão compatíveis com essa variação do Blu-ray? Pois é. Mas o pessoal da Associação é tão bom, tão generoso que no press release informam que os futuros players BDXL podem ser projetados para também aceitar o formato velho. Quer dizer, você pode até não ter que comprar (de novo) a trilogia do Senhor dos Anéis em BDXL. Não são uns amores?