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Blur e Split/Second não correspondem ao hype

Versões de testes dos jogos entregam menos do que a expectativa sugeria.

14 anos atrás

dori_rac_27.04.10

Nos últimos dias os donos de um Xbox 360 ganharam a possibilidade de testar dois dos mais aguardados games de corrida deste ano: Blur e Split/Second. Após dar algumas voltas em ambos, gostaria de comentar pouco sobre o que achei.

Sobre o Blur, game criado pela competente equipe da Bizarre Creations, não poderia ter me decepcionado mais. Depois de conhecer o ótimo trabalho realizado por eles na série Project Gotham Racing não como aceitar os gráficos simplórios e a jogabilidade presente no jogo que tentará tornar mais série a mecânica do Mario Kart.

Apesar das corridas serem bastante emocionantes, com os jogadores coletando power-ups espalhados pelas pistas e que modificam as posições dos participantes constantemente, a falta de originalidade assusta, até os itens produzem efeitos muito parecidos com os da série da Nintendo. Some a isso carros com modelagens pobres e prédios que compõem o cenários parecidos com caixas de papelão e o estrago está feito.

Já no Split/Second, a impressão foi melhor. Graficamente o jogo é muito bonito, com cenários detalhados, ótima sensação de velocidade e a necessidade de estarmos sempre atentos a o que acontece a nossa volta. Isso porque o game também faz uso de um sistema de power-ups, mas que ao invés de tornar mais rápidos ou atingir nossos inimigos com cascos de tartarugas, fazem com que algum evento aconteça no cenário, influenciando assim a corrida.

Funciona mais ou menos assim: Você precisa encher uma barrinha realizando saltos, colando na traseira do adversário ou derrapando nas curvas, então basta apertar um botão quando um ícone for mostrado em cima do carro do adversário para que pontes desabem, postos de gasolina explodam ou helicópteros joguem barris explosivos no traçado. Mas é quando enchemos a segunda parte da barrinha que as coisas ficam legais. Esses eventos de proporções épicas fazem com que torres desabem ou um enorme avião caia na pista de aterrisagem, tornado quase impossível evitar uma colisão e modificando o traçado da pista.

Um aspecto legal da criação da Black Rock Studio é que essas modificações tornam cada disputa única, praticamente eliminando as chances de duas corridas serem iguais e tornando tudo muito imprevisível. Se na versão final existirem muitos circuitos e os designers forem criativos no uso das armadilhas, o game pode ser bastante divertido.

Mas o que me deixou mais encucado é que as duas produtoras prometiam jogos revolucionários, que serviriam de padrão para os futuros games de corrida de ação e neste ponto acho que ambos falham. Split/Second é divertido, sem dúvidas, mas não acho que será tão bom quanto muitos estão esperando.

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