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Chirp e o futuro do Twitter

Veja o que tivemos de novidades e mudanças na Chirp, a conferência do Twitter.

14 anos atrás

Chirp.

Chirp (foto por Laughing Squid).

Está rolando desde ontem, em San Francisco, a Chirp, primeira conferência para desenvolvedores do Twitter. A dimensão e cobertura que a mídia vem dando a ela mostra a importância que o serviço de microblog mais importante do mundo adquiriu. Ontem foi o dia de novidades; abaixo, segue uma lista das principais discussões e novidades anunciadas por lá.

Números

No começo da conferência, o foco foi mostrar números expressionantes do Twitter. Segura essa: já são 105 milhões de usuários, e o crescimento está na base dos 300 mil novos por dia. 75% do tráfego gerado no Twitter vem de aplicativos e clientes de terceiros. As buscas, que eu, em minha vã inocência, achava serem poucas, respondem por 600 milhões de consultas por dia.

Pontos de interesse

A geolocalização finalmente terá um papel significativo no Twitter. Chamado Points of Interest, o novo recurso, ainda indisponível, mostrará tweets próximos a locais específicos do mapa. Essa visualização permitirá ver tweets feitos ao redor do local selecionado, em tempo real.

Evan Williams, co-fundador do Twitter, fez questão de enfatizar que a novidade não vem para competir com sites como foursquare e Gowalla, mas sim para complementá-los. De fato, a ideia dos Pontos de Interesse é prover informações sobre o perímetro escolhido, não promover uma corrida por check-ins e tudo mais, como os dois citados fazem.

Developers, developers, developers!

O ecossistema que o Twitter criou para desenvolvedores é tido por muitos como um dos fatores-chave para seu sucesso. O diretor de plataforma do Twitter, Ryan Sarver, anunciou ontem o lançamento de um novo site dedicado a desenvolvedores. No dev.twitter.com, esses profissionais encontrarão muito material e suporte para programarem coisas novas e otimizarem as já existentes.

Neste momento, o dev.twitter.com possui informações sobre o @Anywhere, documentação sobre APIs, listas de e-mail baseadas no Google Groups, canal de IRC e um perfil no Twitter.

Muitos dizem que, além de ajudar desenvolvedores, essa nova página é uma forma de acalmá-los, já que recentes movimentos do Twitter no sentido de criar apps oficiais causou embaraço e tensões entre o serviço e desenvolvedores-terceiros. Para piorar, anunciaram...

Twitter para Android

Já existem apps oficiais para iPhone/iPod touch e Blackberry, e o próximo da lista será o Android. O anúncio foi feito por Evan Williams, que limitou-se a fazê-lo. Não há informações do modus operandi, se o app será desenvolvido do zero, baseado no recém-adquirido Tweetie, ou fruto da compra de uma outra empresas, como aconteceu com a Atebites.

Chirp.

Chirp (foto por kirainet).

Encurtador de URLs nativo

Já ativo para mensagens diretas (DMs), o encurtador de URLs próprio do Twitter será promovido para todo o serviço. Evan Williams, durante a sessão de perguntas e respostas, confirmou isso.

Segundo Williams, seria uma "estupidez" não terem seu próprio encurtador de URLs, visto que todos os demais clientes de terceiros o possuem. É um problema que querem resolver, disse ele, que ainda disse que, no ambiente do Twitter (navegador e apps oficiais), não haverá escolha; se o usuário quiser utilizar outro encurtador, que use outro cliente.

Duas grandes dúvidas surgem aqui:

  1. Qual URL será usada? Para DMs, o Twitter já utiliza o twt.tl, porém, a empresa também possui o domínio twee.tt registrado;
  2. Qual o destino do bit.ly? Tido por muitos como o melhor encurtador de URLs do mercado, e sendo o mais popular deles, boa parte da fama do bit.ly adveio do fato dele ser, atualmente, o encurtador padrão do Twitter. Não se sabe se motivado ou não por essa decisão do Twitter, ontem mesmo o bit.ly anunciou mudanças drásticas na interface, previstas para breve.

Clientes de terceiros: MOVE, MOVE, MOVE!

Com o Twitter entrando de cabeça na área dos clientes, qual a alternativa dos programas já existentes? Aparentemente, diversificação, o famoso "não deposite todos os ovos na mesma cesta". O Seesmic, que em algumas versões já conversa com Facebook, estenderá sua capacidade para LinkedIn e MySpace, dentre outras. O TweetDeck, outro veterano e popular cliente, passará a suportar o Google Buzz também. A ideia é ter todas essas redes concentradas num único programa; esse tende a ser o diferencial em relação aos apps oficiais do Twitter.

O que teremos hoje?

"Hackday". Provavelmente nada muito interessante para nós, meros mortais/usuários, mas um prato cheio para desenvolvedores e entusiastas que se interessam pelos bastidores do Twitter.

Fontes: Mashable (2) (3), TechCrunch e Tiago Dória Weblog.

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