Promoted tweets: futuro nebuloso à vista...

Ontem o Twitter anunciou e já colocou em prática seu modelo de negócios, os promoted tweets, ou em (quase) bom português, os tweets pagos. Primeiramente restritos às buscas realizadas no serviço, mas com planos de invadirem sem pedir licença as timelines dos usuários, com algumas horas no ar já é possível sentir a reação dos usuários à novidade.

É negativa.

Se alguém esperava resultado contrário, caiu do cavalo. Segundo o Twitter Sentiment, um site que mede a repercussão negativa ou positiva de determinado assunto, nesse momento 44% das pessoas acham a ideia de veicular anúncios no Twitter ruim. Já foi pior. Ontem à noite, o TechCrunch informou que o mesmo site indicava que 71% condenavam a ideia.

Repercussão dos promoted tweets.

44% ou 71%, ambas são porcentagens expressivas. E, além delas, ou talvez por causa delas, alguns analistas já começam a ver falhas no modelo de negócios do Twitter, que pode, a médio prazo, inviabilizar a manutenção de sua estrutura.

O principal ponto é a tal da ressonância dos anúncios, que funcionará mais ou menos como os leilões do AdWords, do Google. Os critérios eleitos para avaliar o sucesso de uma campanha não traduzem o real impacto dela no meio em que estará inserida. Cliques, retweets, impressões... Talvez apenas o aumento de followers, mas aí entra outra questão: se sua empresa precisa pagar para que seus potenciais clientes a deem atenção, se conectem a ela, tem algo muito errado em níveis inferiores da marca.

Tentando acalmar os usuários, e acostumá-los à ideia de promoted tweets no ambiente, veio a decisão de começar a mostrá-los na busca, local por onde nem todos costumam passar. Se será o bastante para aplacar a ira de gente como @revagrover, só o tempo dirá...