Marcellus Pereira 13 anos atrás
A anunciada luta entre a INTEL e a ARM pelo controle absoluto da computação móvel (no sentido de que “cabe no bolso”) teve um capítulo importante hoje. Não, não estou falando do Nexus, ainda.
A Lenovo anunciou seu novo “nettop” ou “smartbook” ou seja lá como o pessoal de Marketing vá chamar esse tipo de portátil: o Skylight.
Há vários pontos “destacados” especialmente para criar um efeito “UAU!” entre a população que aprecia novidades tecnológicas, mas não conhece as profundezas do código VHDL. Por exemplo: o processador Qualcomm Snapdragon (que é, no fundo, um ARM Cortex-A8), rodando a 1GHz. “1GHz” em um portátil com tela de 10’’, armazenamento de 20GB (não consegui ver se era HD ou SSD), 10h de duração da bateria, pesando pouco mais de 900g e com altura de 2,53mm, chama a atenção.
Como não dá para rodar o Windows 7 em um ARM, a Lenovo colocou uma distribuição GNU/Linux® própria, que pareceu bem eficiente (e bonitinha) no vídeo.
A idéia da empresa parece ser a venda “subsidiada” por operadoras de telefonia, já que o Skylight vem com conectividade 3G (além, claro, de Wi-Fi).
Pausa para anunciarmos o combatente do outro lado do ringue: qualquer “nettop”, “netbook” ou “smartbook” (ok, ok, eu sei que não são a mesma coisa, mas esta é uma discussão retórica) que use os novos Atom “Pine Trail”.
Tomemos como exemplo o Acer ONE 532h:
Atom N450 (1,66GHz), tela de 10’’, bateria que dura até 8 horas (10h, se pagar um pouquinho mais caro), 1GB de RAM, 160GB de HD, Wi-Fi… ou seja: um “ONE” melhorado.
Lembrando: há vários outros modelos, de incontáveis fabricantes, já anunciados, que usarão os Atom “Pine View”.
A grande questão: o que vale mais a pena? Um ARM que consome pouco mais de 2W ou um INTEL, gastando 11W? Rodar GNU/Linux® por obrigação ou por escolha? Talvez, o melhor mesmo seja ver o quanto o consumidor tem a ganhar com uma luta acirrada entre as duas empresas, forçando o consumo das CPUs baixar cada vez mais, enquanto o desempenho aumenta.
Entre os dois aí de cima, a vitória parece ser inquestionável para o Acer, já que ele sai por US$ 300,00 enquanto o Lenovo ficará (em abril, quando chegar às lojas) por volta de US$500,00, sem subsídios. Mas, com projetos como o da Freescale, a briga vai ser cada vez mais equilibrada.
Há uma tempestade no horizonte…