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Microsoft e nVidia anunciam raytracing em tempo real para os jogos do fim do ano

nVidia e Microsoft anunciam o desenvolvimento do DirectX Raytracing, uma API que será uma evolução do atual DX 12 e que deixará os jogos do fim do ano com gráficos dignos de cinema. O chato é pagar (muito) caro por uma GPU topo de linha, e comprá-la antes dos mineradores de criptomoedas…

6 anos atrás

Desde pelo menos 2009 que a Integrated Electronics prometia ray tracing em tempo real para o seu então processador gráfico dedicado Larabee. O tempo passou, a Intel preferiu não entrar no mercado de GPUs dedicadas e meio que morreu a melhor das tentativas em incluir o ray tracing num hardware gráfico voltado para o consumidor comum.

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Até agora. Durante a GDC 2018, a nVidia anunciou que está a trabalhar com a Microsoft no desenvolvimento da API chamada DirectX Raytracing — DXR.


NVIDIA RTX Real-Time Ray Tracing Tech Demo From Remedy Entertainment

Essa nova API evoluirá o que temos no DirectX 12, permitindo que os futuros jogos possam trabalhar com ray tracing no lugar da tradicional rasterização, usando os futuros processadores gráficos dedicados. Apenas leia-se futuras GPUs topo de linha, claro: ninguém pensa em utilizar GPU mid-end ou low-end para renderizar jogo em tempo real com um recurso topo de linha desses. Ao menos não no começo.

Para quem não conhece, o ray tracing renderiza imagens baseadas no conceito dos fótons no mundo analógico. Nos filmes da Pixar, por exemplo, desde o primeiro Toy Story que eles não trabalham com os conceitos tradicionais de rasterização com polígonos, texturas e vértices. Só que o resultado final é bem foto-realista e detalhado, embora tenhamos nas CGIs da Pixar basicamente a renderização de um frame a cada 10 horas em outra técnica que não o ray-tracing. O DirectX Raytracing promete no futuro imagens ainda mais foto-realistas e detalhadas que as que temos nos jogos atuais, mas renderizadas em tempo real a 30 ou mesmo 60 fps.


Electronic Arts → SEED - Project PICA PICA - Real-time Raytracing Experiment using DXR (DirectX Raytracing)

A ideia por trás desse anúncio é simples: a arquitetura Volta terá no hardware a nVidia RTX, tecnologia de ray-tracing em tempo real. Então espera-se que as próximas placas de vídeo da camaleão verde de Santa Clara sejam mais eficientes nesse recurso tão exigente. Os jogos que serão lançados para o PC ao final do presente ano já terão suporte ao hardware com RTX. Se bem que a única GPU do mercado com a arquitetura Volta no momento é a Titan V, que custa “apenas” 3.000 dólares.

Bom lembrar que à rigor o DXR não vai exigir hardware totalmente dedicado: até as placas de vídeo DX 12 atualmente desperdiçadas para minerar criptomoedas poderiam em teoria rodar essa nova API de ray-tracing, bastando ter o poder computacional suficiente exigido pelo game. E o recurso também não será restrito às soluções da nVidia: a AMD também terá GPUs dedicadas ao ray-tracing proposto pela Microsoft, mas a AMD ainda não anunciou nada específico em hardware nesse quesito.

Fontes: Microsoft, nVidia, PC Gamer e PC Games N.

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