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ESA não quer exceção ao DMCA para jogos online abandonados

Após museu pedir que o DMCA faça uma exceção a títulos online que deixaram de funcionar por seus servidores terem sido desligados, a Entertainment Software Association elaborou um documento defendendo que isso não pode acontecer.

6 anos atrás

planetside

PlanetSide, apenas um dos muitos jogos online que deixaram de existir recentemente.

Visando manter viva a história dos jogos online, recentemente o Museu de Arte e Entretenimento Digital (MADE, na sigla em inglês) fez um interessante pedido ao Digital Millennium Copyright Act (DMCA): alegando que assim eles poderiam reativar títulos cujos servidores foram desligados, eles queriam que uma exceção fosse feita a essas entidades, que poderiam então religar os servidores de games abandonados por seus criadores.

A iniciativa rapidamente ganhou o apoio dos jogadores, mas como era de se esperar, as editoras e desenvolvedoras não gostaram muito da ideia. Usando toda a força da Entertainment Software Association (ESA), diversas companhias enviaram um pedido ao departamento norte-americano responsável por direitos autorais para que tal exceção não seja aceita.

De acordo com a documento que possui mais de 40 páginas, a ESA afirma que caso o pedido do MADE seja acatado, ele permitirá que bibliotecas ou museus explorem brechas na lei de direitos autorais, podendo até mesmo aproveitar os códigos fontes desses jogos para criar uma infraestrutura, reativar os games e passar a cobrar por eles. Embora essa justificativa possa parecer absurda, o próprio MADE já cobra uma taxa de US$ 10 para que o visitante tenha acesso a todo o conteúdo presente no museu.

Além disso, o ESA defende que o fato de se tratar de uma organização sem fins lucrativos não deveria lhe garantir imunidades para violar direitos autorais e que esse tipo de coisa ainda poderia incentivar as pessoas a desbloquearem os consoles para poderem jogar online em suas casas. Por fim, a entidade afirma que os seus membros já trabalham para manter a história dos games.

Olhando agora pelo ponto de vista das empresas, eu diria que esta é uma disputa em que ambos os lados estão corretos. Acho válido algumas pessoas tentarem nos permitir acesso a títulos que deixaram de existir e não vejo problema nas empresas tentarem proteger suas propriedades intelectuais, mesmo que isso signifique mantê-las no fundo de uma gaveta. Agora, dizer que os membros da ESA estão mantendo a história dos games? Isso só pode ser piada.

Enfim, essa é uma disputa que ainda promete render muita discussão e pelo jeito, temo que no fim das contas os únicos que sairão perdendo nela somos nós, os apaixonados por games e que valorizam o seu passado.

Fonte: TorrentFreak.

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