Dori Prata 5 anos atrás
Se fizermos uma lista com os gêneros de games que podem ser mais intimidadores e que exigem mais dedicação para a pessoa ficar realmente boa nele, acho que dificilmente os jogos de luta não ficarão no topo. Ver uma partida sendo disputada entre dois bons jogadores é algo impressionante, com o reflexo e o domínio dos personagens parecendo algo quase sobre-humano.
Por isso os jogos de luta costumam ser tratados como de nicho e pensando em ampliar o público da série Guilty Gear, o pessoal da Arc System Works está tentando descobrir como tornar o próximo capítulo mais acessível.
“Após lançar o Guilty Gear Xrd Rev 2 ficou claro o que precisamos melhorar. A chave é conquistar mais jogadores por causa dos complexos controles”, defendeu Daisuke Ishiwatari, criador da franquia. “Porém, se implementarmos tudo o jogo deixará de ser um Guilty Gear. É difícil balancear todas as melhorias. Uma coisa que precisamos fazer no próximo capítulo é reduzir o número de sistemas [mecânicas]; É muito complicado para todos. Você pode esperar isso para o próximo jogo.
É importante para nós manter as pessoas que já conquistamos. Ao mesmo tempo, queremos expandir a base de usuários para que novos possam vir. Diariamente temos tentando descobrir qual seria o ponto de equilíbrio que satisfaça quem já está conosco e os novos usuários.”
O grande problema aqui é justamente esse, como conseguir simplificar as mecânicas, mas sem causar a ira daqueles que já estão habituados com o jogo. O fato é que tentar se adaptar a uma série de luta com a qual nunca tivemos contato é mesmo uma tarefa complicada e isso aconteceu recentemente comigo com outra criação da Arc System Works, a BlazBlue. Na semana passada peguei um dos seus jogos no Steam e ao abrir o Continuum Shift Extend, passei um bom tempo na sua tela de seleção de personagens simplesmente por não ter a menor ideia de quem escolher.
Quanto a jogabilidade em si, os modos de treinamento podem ter um papel fundamental na hora de “educar” o jogador, algo que o Dragon Ball FighterZ — também da Arc System Works — faz muito bem. Mesmo assim, acho que nem se um jogo do gênero nos permitir lutar com apenas dois botões ele deixará de ser intimidador e de certa forma penso que parte da graça está justamente aí.
Fonte: Bleeding Cool.