Dori Prata 5 anos atrás
Esta semana os jogadores de PC, Xbox One e PlayStation 4 terão a oportunidade de jogar um dos principais lançamentos do ano, o Wolfenstein II: The New Colossus. O interessante é que numa época onde a indústria como um todo tem discutido o futuro dos jogos single-player, este será um dos raros casos de uma superprodução sem a inclusão de um mata-mata online.
Pois de acordo com o design de narrativa Tommy Tordsson Björk, a MachineGames teve total apoio da Bethesda para fazer isso e durante uma entrevista ele explicou porque a desenvolvedora optou por entregar um jogo com apena a campanha principal.
“Ter um componente multiplayer neste processo de trabalho poderia diluí-lo. Este é o perigo se você tenta fazer duas coisas ao mesmo tempo. A única maneira de podermos criar essa experiência de narrativa super-imersiva seria se pudéssemos focar apenas no single-player.”
Levando-se em consideração o espetacular trabalho que o estúdio fez no Wolfenstein: The New Order, não chega a surpreender saber que eles estavam dedicados a entregar a melhor campanha possível nesta continuação, ainda mais depois de ouvirmos que para eles, um jogo assim é mais do que apenas um shooter onde devemos atirar em tudo o que se mover.
O destaque no entanto é percebermos que embora sejam poucas, ainda existem editoras dispostas a dar alguma liberdade às desenvolvedoras e permitir que elas nos entreguem o que consideram ser o melhor. E ao agir desta maneira, a Bethesda vem ganhando o respeito de muitas pessoas, além de se tornar uma editora com um dos melhores portfólios da indústria.
O problema aqui é ver até onde esta política da Bethesda se sustentará, pois tenho a impressão de que basta um desses seus jogos focados no single-player ter um desempenho comercial ruim, para que eles decidam mudar os planos e passem a seguir a corrente das microtransações e multiplayers desnecessários. Neste caso, espero estar redondamente enganado.
PS: quando você for jogar o Wolfenstein II: The New Colossus, saiba que no jogo teremos uma base montada no interior de um submarino nazista e por lá encontraremos artes, músicas e… fliperamas. O interessante é que uma das máquinas traz o clássico Wolfenstein 3D, mas o detalhe é que nesta versão não jogaremos como B.J. Blazkowicz e sim como um dos soldados do führer. Agora me diz: isso não é muito melhor do que um mero multiplayer descerebrado?
Fonte: GamesIndustry.