Carlos Cardoso 6 anos atrás
A idéia não deixa de ser interessante: em vez de crachás e cartões de acesso, que as pessoas frequentemente perdem e podem ser roubados, empresas estão experimentando com chips RFID, e uma delas, chamada Three Square Market, resolveu implantar a implantação voluntária de implantes em seus funcionários (ficou horrível mas eu quis assim).
Dos 80 funcionários da empresa de Wisconsin, 50 aderiram imediatamente. O transponder é um minúsculo cilindro de vidro inserido na mão, entre o indicador e o polegar opositor (sorry tomates, vocês não). Com ele os funcionários podem acessar áreas restritas, fazer compras na cafeteria, usar a copiadora, logar no Windows e N outras atividades que dependem de identificação.
A grande maioria dos que aderiram é gente de TI, entusiasmada com as novas tecnologias. Não contem pra eles que cachorros são chipados faz tempo, e cantoras nordestinas também.
A turma do apocalipse já começou a protestar, dizendo que isso leva a um Estado Policial, que acaba com a privacidade, etc, etc, etc. Não é muito diferente do pessoal que se recusa a usar CRACHÁS com RFID alegando ser coisa do capeta.
Eu acho a idéia excelente, mas nunca usaria. Não por temer por minha privacidade, mas apenas por ser um covarde que odeia agulhas mesmo finas, que dirá a seringa de jacaré que usam pra implantar esse supositório manual.
O pior de tudo é que a discussão sobre privacidade é totalmente dispensável. Há formas mais amigáveis de eliminar os crachás. Se a segurança não for imprescindível, você pode usar anéis RFID/NFC, compra-se em qualquer Ali Express da vida. Se a segurança for primordial, biometria. Até porque um sujeito determinado e com uma faca remove rapidinho um implante. E é bom que você se lembre de onde ele está.
E não, o RFID não vai fazer com que o patrão rastreie todos os seus passos. Isso já acontece, com seu crachá, com as câmeras do escritório e com o seu celular, que você espertão aceitou da firma com eles pagando a conta.
Fonte: The New York Times.