Carlos Cardoso 6 anos atrás
No princípio eram as trevas, e as trevas se chamavam PHP-Nuke. Um dia surgiu a Luz, a luz se chamava Blogger. A automação dos serviços de blogs gerou uma explosão na criação de conteúdo online. Várias alternativas apareceram, outras sumiram, outras implodiram lindamente como a plataforma de blogs de uma famosa editora arbórea, que convidou um monte de blogueiros conhecidos para escrever de graça em troca de… exposição.
Com a morte dos blogs (ok, foi mais uma Grande Extinção) o WordPress reinou absoluto, mas isso não agradou os mimimillennials, que queriam algo diferente. Surgiu então o Medium, uma plataforma minimalista que em dez minutos de WordPress você replica o visual, mas quem tem dez minutos para gastar aprendendo alguma coisa?
A turma da recompensa imediata abraçou o Medium, um site com uma usabilidade tão ruim que faz o Tumblr parecer amigável. Sem recursos, plugins, customização o Medium é um lugar para você escrever e esquecer: nem comentários funcionam direito, mas talvez por isso os hipsters adoram.
A ponto do Medium ter sido avaliado em mais de US$ 600 milhões e o criador estar com o fiofó lotado de dinheiro, com US$ 1,4 bilhão em ações. Agora a bolha estourou.
A grande fonte de renda do Medium é capital de investidores, e eles perceberam que fora isso o site não fatura nada, a publicidade é pouca e ruim, como reconheceu Evan Williams, fundador da bagaça.
Ele anunciou que vão fechar escritórios em Washington e New York, e demitir 80 funcionários, 1/3 da força de trabalho. Quase todos em vendas, suporte e áreas de negócios agregadas. Williams então continua culpando a falha do Medium nas… Corporações. Diz ele que elas financiam os anúncios que bancam conteúdo e isso é instável e…
Resumindo: o Medium é ruim para anunciantes, anunciantes não querem anunciar lá e a culpa é deles.
Fonte: Forbes.