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Space News: lançamento quarta-feira e SpaceX adia planos

Não tá fácil pra ninguém, nem pro Elon Musk. A SpaceX sofreu acidentes e atrasos, e já adiou lançamentos fundamentais para 2018. Pelo menos não é só ela, a Orbital também acabou de não lançar um foguete nessa segunda. Clique e veja tudo que não aconteceu por esses dias no Espaço.

7 anos atrás

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2016 não está sendo fácil pra ninguém, nem pro meu brodim Elon Musk. A SpaceX amargou um estranhíssimo acidente com um foguete explodindo durante um abastecimento de rotina, uma explosão que até agora eles não têm idéia concreta do que exatamente foi a causa, mas acham que talvez podem ter chegado perto de uma hipótese plausível mas ninguém sabe.

Por causa disso os vôos tinham sido cancelados até dezembro. Eis que Capitão Musk decretou que não vai subir ninguém, lançamentos foram adiados para janeiro e por causa disso a SpaceX perdeu alguns clientes, que preferem pagar mais para a ULA mas ao menos lançam em tempo hábil. Satélite no chão não rende dinheiro.

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Também não rolou o lançamento do Falcon Heavy, adiado para 2017. E agora veio a informação que o primeiro vôo de testes tripulado da nova cápsula Dragon foi adiado para 2018. Ela ainda tem que fazer um vôo automatizado E um teste do sistema de escape em vôo. A SpaceX viu que não ia dar pra encaixar tudo em 2017 então… 2018 neles.

Se serve de consolo a Boeing também está atrasada com o CS-100 Starliner, a Orion da NASA caminha a passos de tartaruga e o Dream Chaser ainda é pouco mais que uma carcaça.

Quem não deu sorte também foi a Orbital. Apesar do clima não estar ajudando, o tempo abriu e tudo estava certo para o lançamento do Pegasus, segunda passada. Seria o primeiro lançamento desse foguete desde 2014, e é BEM legal: assim como um míssil balístico, ele é levado de avião até grande altitude, e então lançado, o que economiza muito combustível.

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O Pegasus é levado pelo Stargazer, um Lockheed TriStar adaptado. Quando chegam no ponto de lançamento, a uma altitude de 12 km o foguete é solto, cai por 5 s e então é acionado. Seus três estágios conseguem colocar uma carga de 443 kg em órbita baixa, o que é suficiente para muitas aplicações, como o CYGNSS — Cyclone Global Navigation Satellite System, uma constelação de 8 satélites de 27,5 kg cada; que por dois anos irão monitorar ciclones e furacões.

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Nota: os painéis solares ficam na horizontal, esse formato de asinha é groselha do artista pra referenciar o “cisne” do nome.

Era para o CYGNSS ter subido ontem mas na hora H, aos 48 do segundo tempo uma bomba hidráulica que libera o Pegasus deu pau. Foi uma comédia ouvir o pessoal de terra instruindo a tripulação, tentaram de tudo, até a famosa “porradinha técnica”.

Em certo momento, no melhor estilo IT Crowd um dos técnicos do controle da missão sugeriu “ligar e desligar várias vezes” a bomba. Um tripulante, pucto nas calças meteu uma voz extra-profissional para dizer “já tentamos repetidas vezes”.

A bomba não estava recebendo energia, era arriscado proceder e o lançamento foi adiado para quarta-feira. Enquanto isso uma bomba substituta foi enviada às pressas do outro lado do país, pois estas coisas sempre acontecem longe dos estoques de reposição.

Aqui um lançamento de um Pegasus, caso você perca o de quarta.

News — Pegasus rocket launch SOLAR MISSION LAUNCH

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