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Status-6: o Drone Russo do Juízo Final

Imagine um drone nuclear nuclear. É o Status 6, um submarino autônomo russo que é basicamente um torpedo nuclear com autonomia de 10 mil km e capacidade de estragar seu dia. Uns dizem que não está pronto, outros que já está em operação. Clique e tenha medo, tenha muito medo.

7 anos atrás

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Se há algo de que os russos não podem ser acusados é excesso de sutileza. Em 1985 um grupo de terroristas no Líbano sequestrou quatro diplomatas russos. Um deles foi metralhado e jogado em um beco. Um representante da KGB se reuniu com um líder do Hezbollah e avisou que Moscou poderia responder com um míssil e, erros acontecem, sem-querer podiam explodir Teerã ou a cidade-natal do Aiatolá Khomeini.

Ao mesmo tempo tropas Spetsnaz, com informações da KGB sequestraram um parente próximo de outro líder do Hezbollah. Castraram o sujeito, meteram-lhe uma bala na cabeça e enviaram o bigurrilho para o tal líder. Com aviso de que tinham nome e endereço dos parentes e familiares de toda a cúpula do movimento.

Os reféns foram imediatamente libertados e nunca mais se fez nada contra russos na região.

Durante a Guerra Fria as defesas aéreas de Moscou contra ataques nucleares eram lendárias, por um motivo: em vez de mísseis comuns a estratégia era: quando detectado um ataque em larga escala, lançar mísseis nucleares que explodiriam em grande altitude, gerando ondas de choque e pulsos eletromagnéticos que destruiriam os mísseis inimigos.

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Essa sutileza toda se faz presente hoje no Status 6, um drone submarino ultra-secreto que ou foi divulgado por uma falha incrível de segurança ou em uma brilhante estratégia de desinformação.

A rigor um torpedo nuclear não é novidade. Existem desde os anos 50 e seriam uma péssima surpresa para os americanos se a Crise dos Mísseis Cubanos fosse às vias de fato. Não são considerados armas práticas no ocidente, por um motivo simples: dificilmente um submarino conseguiria escapar de uma detonação, depois de lançar um bicho desses.

O Status 6 é diferente. É mais que um torpedo, é um drone. Um mini-submarino autônomo, furtivo e com autonomia de 10 mil km. Algumas fontes dão a ele uma velocidade de 100 nós, o que é quase 200 km/h, muito mais rápido que qualquer coisa no mar, incluindo torpedos inimigos.

Como armamento ele é um drone suicida.

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Como é movido a energia nuclear, Status 6 pode ficar em posição por meses, talvez anos. Ele foi feito para terminar uma guerra, ou começar uma. Estima-se que sua ogiva tenha potência de 100 megatons, o dobro de uma Tzar Bomba.

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Ele é projetado para atacar portos e cidades costeiras. Uma explosão submarina de 100 megatons criaria um tsunami com ondas de QUINHENTOS metros de altura, o que faria o do Japão parecer um fim de semana com mar de ressaca no Rio de Janeiro.

Qual o efeito de uma bomba dessa? Vejamos. Imagine que um Status 6 com uma bomba equivalente à de Hiroshima, com 13 quilotons é detonada ao lado do Aeroporto Santos Dumont.

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Na área vermelha todos os prédios são demolidos, 100% de fatalidades. Na área verde, 90% de mortalidade para envenenamento radioativo mesmo se você estiver protegido. A área laranja, com 1,68 km de raio significa queimaduras de 3º grau em todo mundo exposto à explosão.

Agora, e se fosse uma bomba de 100 megatons? A escala cresce um pouco.

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Fonte: Nukemap

A área onde todo mundo na rua teria queimaduras de 3º grau agora tem 64,2 km de raio. A bola de fogo da explosão tem 197 km2. O lado bom é que chegaria na casa da minha ex.

Dizem as fontes oficiais “vazadas” que o Status 6 só estaria operacional em 2019. outras fontes vazaram fotos de containers de transporte do drone.

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É uma arma digna da Nova Guerra Fria, pode funcionar como um blefe, pode até não existir ou não estar funcional, mas mesmo que você tenha plena confinança nas informações de sua equipe de inteligência, vai pagar pra ver?

Fonte: Esquire.

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