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JÊNEO confunde jaqueta anti-fragmentação com colete à prova de balas. Darwin cuidou.

Coletes à prova de balas protegem contra balas, mas não contra estupidez, como descobriram dois primos em Tampa, Flórida (claro). Se bem que é preciso todo um grau de estupidez para testar com tiro um colete que nem é à prova de balas.

7 anos e meio atrás

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O importante é ir para a guerra preparado. Nunca deixe seu colete em casa.

Desde que aquele maldito monolito ensinou um protomacaco que abrir o coco do inimigo com um tacape era mais eficiente do que dialogar (aprendeu, Dilma?) desenvolvemos escudos melhores e melhores. Primeiro de couro, depois de madeira, metal, Vibranium. É uma corrida armamentista entre a blindagem mais resistente e o projétil mais potente. No final o projétil sempre vence, como demonstra a blindagem do venerável Yamato:

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A questão sempre foi que é impraticável criar uma blindagem 100% eficiente, por causa da limitação do peso. Na 1ª Guerra Mundial surgiram várias propostas de equipamentos de proteção, mas eram caros e pesados demais. Um exemplo é o Brewster Body Shield, desenvolvido nos EUA. Resistia até a tiros de metralhadora, mas pesava 18 kg. Imagine se mover em trincheiras usando isto:

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Os coletes foram melhorando com o passar dos anos, hoje utilizam fibras de alta tecnologia (ainda usam Kevlar por ser barato mas está ultrapassado) e resistem a munições que esfacelariam os coletes de antigamente, mas eles funcionam contra projéteis de armas de fogo. Nem todo colete é assim.

Pilotos da 1ª Guerra se preocupavam pouco com tiros do alto, em combate o sujeito sempre achava que era o melhor, mas tiros de baixo eram mais complicados. Por conta própria os ingleses começaram a instalar placas de aço na base dos assentos, para proteger as jóias da coroa.

No Vietnã os pilotos de helicóptero morriam mais de explosões e estilhaços do que tiros, e para prevenir isso passaram a usar jaquetas anti-fragmentação, uma espécie de colete com placas de metal (mais tarde cerâmica) para absorver impacto de explosões e estilhaços. NÃO é um colete à prova de balas.

Agora você sabe disso, como também descobriram Alexandro Garibaldi e seu primo Joaquin Mendez. Esses dois JÊNEOS estavam brincando com uma jaqueta anti-fragmentação que Joaquin, de 23 anos havia arrumado. Eles se perguntaram se a jaqueta seria à prova de balas.

Alexandro falou “vamos testar”. Puxou uma arma e atirou no primo, a placa de cerâmica, feita pra absorver a energia de uma granada fez o que foi projetada para fazer: se fragmentou, abrindo caminho pro projétil, que fez o furinho no primo idiota do atirador idiota. Só fez o furinho, pois como dizem o que mata é Deus.

Inicialmente o cidadão tentou dar uma de joão sem braço dizendo que achou o primo em casa baleado mas a polícia do condado de Hillsborough não comprou a história e depois de uma prensa o espertão de 24 anos confessou. Aqui o cidadão:

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Ele foi preso e está aguardando sem fiança, mas o mais irônico de tudo é que mesmo que o colete funcionasse, mesmo que fosse o melhor colete à prova de balas do mundo, a pior forma de testar um colete desses é atirando nele. São equipamentos de uso único, depois de ser alvejado o colete perde sua integridade: a chance de falhar aumenta a cada tiro.

Se bem que convenhamos, pros nossos Mythbusters Latinos acima, não ia fazer muita diferença.

Fonte: News West 9.

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