Carlos Cardoso 7 anos atrás
Bem-vindo ao maravilhoso mundo Wall-E, onde somos todos gordos indolentes incapazes de levantar do sofá para as coisas mais básicas. Essa é a visão dos criadores da maioria dos dispositivos-farofa que denigrem o nome da Internet das Coisas.
Soluções à procura de problemas, acabam automatizando o que não dá trabalho, informatizando o que é natural e complicando o que é simples. O culpado do dia, obra da Omo é esse tal de Peggy.
O negócio é um… pregador inteligente. Tem sensores de umidade, temperatura, iluminação e acesso Wi-Fi. Em teoria ele irá determinar a melhor hora para lavar roupa, e via app de celular te comunicará do andamento do processo, dirá quando deve colocar a roupa na corda, quando ela estará seca e notifica se o tempo mudar e ameaçar chover.
Não há informações de disponibilidade e preço, mas já dá pra dizer que é caro demais. Existe um método bem mais simples para saber se vai chover: OLHAR PARA CIMA.
Mais ainda: qualquer pessoa que já lavou roupa na vida sabe que você vai lavar quando o cesto de roupas estiver cheio, e não quando um app disser que é o momento. Você também tem uma boa idéia do tempo que a lavagem leva para terminar, não precisa de uma notificação. Você vai tirar a roupa da máquina, não fazer um parto.
Esse tipo de tecnologia parte do princípio que as pessoas são completas imbecis, incapazes de aprender novas tarefas. É como quando os novatos perguntam como a gente sabe quando é hora de passar a marcha: “o carro pede” “como assim?” “você percebe” e não entendem, até dirigir.
As únicas pessoas que acham essa idéia do Peggy boa são hipsters que não lavam a própria roupa.
Fonte: Giz Mag.