Dori Prata 7 anos atrás
Recentemente vimos o produtor Adrian Askarieh declarar o quanto gostaria de poder trabalhar com as franquias da Nintendo e agora, ao conversar com o pessoal do Polygon, o CEO e presidente da Prime Universe Films voltou a falar sobre o assunto e fez uma sugestão que considero bastante interessante.
“As marcas da Nintendo transcendem outras plataformas. Você pode dizer Nintendo e para muitas pessoas isso ainda representa videogames. Todo mundo conhece a Nintendo, crianças, adultos; É multigeração. Eles possuem essas propriedades maravilhosas a que muitos de nós crescemos ligados. Para eles, não tirar proveito disso seria uma má ideia.
Aquilo foi um grande risco para a Marvel, mas o assumiram e olhe para eles agora. A Nintendo deveria fazer a mesma coisa. Quanto mais icônico o personagem for, melhores serão os filmes que fizerem.”
O risco a que Askarieh se refere foi a decisão tomada pela Marvel em 2004, quando a editora decidiu produzir os filmes baseados em suas franquias e desde então vimos o lançamento de diversos longa metragens altamente lucrativos e o fim daquela história de que nunca teríamos boas adaptações de quadrinhos para o cinema.
Com a Nintendo teimando tanto em se manter fiel às suas raízes e em ver suas marcas fora das plataformas que fabrica, a ideia pode parecer um tanto surreal, mas não podemos esquecer que o alto escalão da empresa já admitiu que pretende explorar suas franquias de outras formas e a mudança na direção pode facilitar um pouco esse processo.
Além disso, recentemente Shigeru Miyamoto se aventurou pelo ramo das animações e o próprio já disse que, mesmo depois do fiasco que foi aquele filme Super Mario Bros., a BigN não descarta voltar à sétima arte, isso sem falar no produtor do The Legend of Zelda, que até sugeriu um filme interativo baseado na série.
Caso realmente resolva seguir por este caminho, a Nintendo poderia muito bem aprender com aquilo o que a Square, a Rovio ou a Ubisoft fizeram e estão fazendo, afinal são empresas que nasceram como desenvolvedoras de games, mas que decidiram se arriscar na produção de filmes e com Hollywood enxergando os jogos eletrônicos como uma gigantesca mina de ouro, não é de se duvidar que muitos estúdios queiram ajudar uma companhia com tantas marcas poderosas.
Dar um passo tão grande é perigoso? Sem dúvida, mas se a Nintendo tiver um pouco de cuidado e estiver disposta a sair da sua zona de conforto, acho que essa aposta poderia lhe render muitos frutos, tanto a curto quanto a longo prazo.