Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Lâmpadas, os grandes vilões do consumo energético principalmente se sua casa ainda possui as velhas incandescentes. A maior parte da energia elétrica consumida se converte em calor e não luminescência, e por causa disso o modelo de 60 W, o outrora mais consumido no país foi banido. A ideia era forçar o consumidor a migrar para as fluorescentes compactas e de LED, mais caras porém muito mais econômicas.
Nos Estados Unidos a GE está indo um pouco mais além: ela vai deixar de fabricar as CFL (lâmpadas fluorescentes compactas) e se focar exclusivamente no LED.
A transição dos consumidores das antigas incandescentes para os modelos mais energeticamente eficientes é morosa, principalmente em lugares onde as incandescentes são muito mais baratas. O consumidor médio não percebe que mesmo que gaste bastante para trocar tudo por LEDs num primeiro momento, em alguns meses a economia na conta de luz irá compensar o investimento. Pelo contrário, ele só vê uma lâmpada de R$ 30 ou mais contra a antiquíssima de Thomas Edison de uns R$ 3, que vai queimar rápido, consumir uma energia louca e retornar muito pouco disso em luz.
Aqui o movimento do governo foi forçar o consumidor a migrar para a fluorescente proibindo as incandescentes mais baratas, mas o fato é que mesmo essas não são tão eficientes assim: elas consomem menos energia, claro, mas possuem um problema sério: elas possuem aversão ao “efeito vagalume”: não são resistentes quanto deveriam se são ligadas e desligadas constantemente. Em uma empresa isso não é problema, mas numa residência?
Para esses casos as lâmpadas de LED eletrônicas são a melhor opção. Ligou, potência máxima sempre e no fim de sua vida útil elas apenas sofrem redução na luminescência, ou seja: elas não queimam e você não ficará no escuro. Até o Super Bowl viu que LED é o futuro.
A GE sabe disso, mas ela também vende CFLs, lâmpadas halógenas e incandescentes além das LEDs, mas enquanto a última será abandonada a longo prazo, a primeira irá desaparecer das prateleiras norte-americanas em 2017: a General Electric anunciou que até o fim deste ano encerrará a produção das fluorescentes no país para se focar apenas no LED como modelo de lâmpada eco-consciente.
O movimento tem como foco manter a GE alinhada com as diretrizes do consórcio Energy Star, além de que uma CFL possui uma série de componentes poluentes que podem agredir a natureza se descartadas incorretamente. Além disso, caso se tornem mais populares o preço irá baixar eventualmente, permitindo que mais pessoas possam ver a migração com bons olhos.
Não há indícios de que a GE irá adotar tal medida no Brasil, mas seria interessante até em tempos de crise energética e bandeira vermelha na conta de luz dar um empurrãozinho que mesmo sendo um investimento alto a princípio, a troca das lâmpadas para modelos de LED poderá ser muito vantajosa a médio prazo.
Fonte: The Verge.