Carlos Cardoso 7 anos atrás
Pode não parecer mas a NASA é muito, muito conservadora. A história das canetas espaciais não é que os americanos idiotas gastaram bilhões e os russos usavam lápis. TODOS usavam lápis e se não fosse a Fisher se oferecendo pra criar uma caneta espacial de graça (que os russos alegremente compraram também) todos estariam até hoje dependendo de grafite.
Quando a SpaceX começou os lançamentos de teste da Dragon a NASA queria que uma missão fosse um lançamento, outra missão uma aproximação da ISS e uma terceira a acoplagem. Elon Musk explicou que galinha dos ovos de ouro era só um apelido, seu fiofó era muito mais mundano e não fazia sentido jogar fora uma nave perfeitamente utilizável, na porta da estação.
A NASA concordou e as missões de aproximação e acoplagem foram unificadas.
Nos planos próprios a NASA quer ir a Marte, eventualmente. Isso não está pegando bem, as pessoas querem resultados e não esperar 30 anos. Até o Congresso dos EUA anda cansado, e agora alocaram verba para o Projeto Marte, mas forçando no cronograma. US$ 55 milhões foram reservados para o pontapé inicial no módulo habitacional de espaço profundo, que deve ter um protótipo pronto em 2018.
Esse módulo é essencial para uma missão de longa duração. A NASA pretende que astronautas passem 60 dias em órbita da Lua na década de 2020, antes da missão marciana dez anos depois, mas se não continuar tomando empurrões do Congresso, vai ficar para trás.
A SpaceX vai anunciar no começo de 2016 o Mars Colonial Transporter, seu projeto de colonização de Marte, com módulos de pouso, naves de transporte e suprimento e o BFR (Big Fucking Rocket) pra levar isso tudo pro espaço.
Fonte: Popular Science.