Ronaldo Gogoni 7 anos atrás
O Google não se emenda. Pouco mais de um ano atrás a gigante das buscas havia se comprometido a deixar de coletar dados de usuários do Apps for Education, uma plataforma voltada para instituições de ensino e empresas para facilitar a vida dos usuários ao oferecer suas aplicações de forma gratuita.
Porém, segundo a Electronic Frontier Foundation a empresa mentiu: uma queixa apresentada à FTC nesta quinta-feira revela que Mountain View continuava a coletar e minerar dados de estudantes e docentes que utilizam a ferramenta.
A acusação da EFF diz que o Apps for Education não faz nada diferente do que o Google normalmente executa com suas ferramentas para usuários comuns: os apps como Hangouts, Drive, Agenda e outros rastreiam, mineram e armazenam todas as atividades de usuários, que no caso do Apps for Education é distribuído para estudantes a partir dos sete anos de idade, bem como para professores e funcionários de empresas. O Google coleta coisas como histórico de navegação (independente de qual browser o usuário utilize), buscas realizadas, cliques, histórico do YouTube e senhas salvas, e os armazena e utiliza para seus próprios fins, como exibir anúncios direcionados. O de sempre, na verdade.
A artimanha foi descoberta ao investigar os Chromebooks distribuídos para alunos nos EUA, e constatar que o Google Sync, que permite a sincronização dos dados do usuário com a empresa estava ativado por padrão.
O problema disso é que além de ter se comprometido a deixar de fazê-lo (e mentido), o Google infringiu acordos comerciais nos EUA que dizem respeito à privacidade dos estudantes. Embora a adesão seja voluntária, a EFF lembra que ele possui valor legal e uma vez quebrado, a empresa pode ser responsabilizada legalmente.
Um dos
Em novembro o Google comemorou o alcance do Apps for Education, que é utilizado por mais de 50 milhões de alunos e professores em todo o mundo. Calcule o tamanho do pepino.
Em declaração oficial o Google disse que o Apps for Education não infringe a lei e os acordos assumidos. Em todo caso se comprometeu a desativar o Sync nos Chromebooks distribuídos aos estudantes.
Fonte: EFF.