Dori Prata 7 anos e meio atrás
A indústria de videogames é engraçada, pois ao mesmo tempo em que ela foi capaz de criar nomes e rostos que são reconhecidos até por quem não gosta muito do assunto, ela tem uma certa dificuldade em prestigiar pessoas que foram fundamentais para seu crescimento, como é o caso de Masayuki Uemura.
Tendo atuado como designer chefe da equipe que criou o Famicom, a versão japonesa do Nintendinho, ele pode ser considerado um dos principais responsáveis pelo renascimento da indústria após o crash de 1983 e se Ralph Baer é considerado o pai dos videogame, não seria exagero dizer que Uemura poderia tranquilamente ostentar o título de pai da indústria de consoles modernos.
Desde então a empresa adquiriu uma aura mágica, algo que poucas empresas do ramo possuem e embora eles tenham cometidos vários erros ao longo dos anos e feito por merecer algumas críticas, a falta de criatividade e inovação é algo do qual não podemos reclamar em relação a Nintendo.
Pois de acordo com Masayuki Uemura, uma das explicações para a BigN ser tão diferente das demais pode estar na postura da empresa de prestigiar os valores individuais, dando-lhes quase um ar que só vemos em pequenos estúdios independentes.
“Da minha perspectiva, a indústria de games sempre foi guiada pelos indies por causa da ideia de que os indivíduos tem sido cruciais em criar grandes jogos. Quando você tenta utilizar todo o poder computacional, o processamento gráfico e os efeitos sonoros, então você precisa adicionar mais pessoas na equipe para criar jogos compatíveis com toda essa tecnologia. Mas uma coisa que você poderia alavancar é o poderoso recurso individual. A Nintendo sempre foi assim, somos como indies.”
A declaração foi dada ao site GamesIndustry e caso você queira conhecer mais um pouco das opiniões Uemura, recomendo fortemente dar uma olhada no artigo publicado por lá.