Carlos Cardoso 7 anos atrás
Um dos problemas que o Pentágono enfrentou no Afeganistão foi que estavam usando mísseis de US$ 250 mil para matar dois idiotas em um camelo. Isso não era economicamente viável. Da mesma forma não faz sentido usar um MIM-104 Patriot de 3 milhões de dólares para derrubar um drone de US$ 5 mil sobrevoando uma base aérea.
Isso também vale para morteiros e obuses, munições muito baratas. Uma alternativa é usar um sistema Phalanx, que como você pode ver funciona direitinho:
O Phalanx tem dois problemas, entretanto. Ainda é muito caro e toda aquela munição de 20 mm, disparada a 4.500 tiros por minuto tem que cair em algum lugar. É preciso uma alternativa barata e que não torne quem a use o pior vizinho do mundo.
Eis que surge o EAPS ARDEC, desenvolvido pelo corpo de engenheiros do Exército dos EUA.
Eles desenvolveram um sistema composto por um radar de precisão, um canhão de 50 mm e munição ativa (epa). Quase toda a inteligência fica no radar, que se comunica com o projétil, indicando correções de curso. Quando ele chega na posição ideal uma carga moldada é acionada, propelindo e fragmentando a ogiva.
Um núcleo de tântalo-tungstênio especialmente duro detona o alvo se for um morteiro ou míssil. Ao mesmo tempo o corpo de aço da ogiva gera um cone de fragmentação que despedaça alvos moles como drones. Isso evita a necessidade de munições específicas.
Em um mundo onde você compra peças na Deal Extreme e monta seu próprio drone, e pode enchê-lo com Antraz, Ebola, Sarin ou CDs da Banda Calypso, a capacidade de eliminar esse tipo de alvo de forma rápida eficiente e barata é muito bem-vinda.
Fonte: Tio Sam.