Dori Prata 7 anos e meio atrás
Há algumas semanas boa parte das pessoas que tinham o Windows 7 e 8 em seus computadores fizeram a atualização para o mais novo sistema operacional da Microsoft e pelo o que tenho visto na internet, a maioria parece bastante satisfeita com a mudança.
Rápido, com uma bela interface e alguns novos recursos bem interessantes, o Windows 10 tem se mostrado um sistema muito bom, mesmo com alguns probleminhas aqui ou ali, mas o que tem causado alguma polêmica nos últimos dias foi uma atualização no acordo de licença para o usuário, que na seção 7b diz o seguinte:
“Podemos verificar automaticamente sua versão do software e baixar atualizações do software ou das alterações de configuração, incluindo aquelas que o impedem de acessar os Serviços, jogando jogos falsificados ou usar dispositivos periféricos de hardware não autorizados. Você também pode ter que atualizar o software para continuar usando os Serviços.”
É importante esclarecer que tal medida vale para o Windows 10, Windows Phone, Xbox 360 e Xbox One, e apenas para jogos publicados pela própria Microsoft e programas de terceiros não entrarão nessa possível cruzada contra a pirataria. No entanto, ainda existem muitas dúvidas quanto a essa regra. O que exatamente eles querem dizer com “periféricos de hardware não autorizados”? Seria por exemplo apenas modificações feitas num joystick para tirarmos vantagens? E os programas feitos por eles, como o Office, também serão afetados?
Para algumas pessoas a medida é inútil, pois cedo ou tarde os interessados encontrarão uma maneira de driblar a proibição, já para muitas outras, ela só reforça a espionagem que a Microsoft está fazendo na máquina de todos que utilizam seu sistema operacional.
Particularmente estou muito mais preocupado com este artigo publicado pelo blog Rock, Paper, Shotgun, onde eles alertam sobre o fato do Windows 10 não estar rodando diversos jogos que utilizem os sistemas de DRM SafeDisc e Securerom. Como tais métodos deixam brechas que podem ser utilizadas por alguns programas que visam atacar o sistema, a Microsoft teria optado por não suportá-los.
Olhando pelo lado da segurança, impedir a execução de tais jogos faz sentido, mas como uma plataforma que tem entre suas principais qualidades a possibilidade de aproveitarmos mesmo os títulos mais antigos, essa decisão deve ser lamentada. É verdade que existem algumas maneira de contornar esse bloqueio, como por exemplo readquirindo o jogo digitalmente, utilizando programas (aqui e aqui) que se propõe a isso ou na pior das hipóteses, recorrendo a cracks que fazem o game rodar sem o disco estar no drive, o que no fundo é uma dor de cabeça que não gostaria de ter.
Fonte: PCGamer.