Carlos Cardoso 8 anos atrás
Quando fui ver Final Fantasy no cinema a bombonière só tinha para vender ácido marrom, que todo mundo sempre alerta pra gente não usar, então na falta de psicotrópicos alucinógenos estupefaciantes me concentrei no visual, já que não consegui entender bicas da história.
Os cabelos da protagonista (sim, uma mulher, valeu Sarkeesian!) eram revolucionários, lindos, nunca havia visto CGI com aquela qualidade. Claro, hoje comparando são uma droga, o Sully em Monstros SA ou Merida em Brave são exemplos de cabelos em computação gráfica incríveis, a ponto de viabilizar a personagem da Angelina Jolie em uma versão Anos 80 de Beowulf, se resolverem fazer.
Isso era lindo. Ainda é, mas os olhos eram ruins, levavam direto pro Vale da Estranheza.
Só que isso agora é feito em tempo real. O que levava horas de renderização para um frame hoje sai realtime, nas GPUs topo de linha. Na nVidia é a tecnologia HairWorks, e é o maior comedor de GPU de qualquer jogo, recomendável a qualquer um com uma placa de vídeo de menos de US$ 10 mil manter desligado se quiser mais de 10 fps, onde S é de Semestre.
Já nas placas caras, bem… veja a versão 1.1 do HairWorks em ação. Não é demo renderizado, não é gameplay simplificado, é o ambiente de desenvolvimento.
hairworksLongHairHQ from Tarkan Sarim
Isso é lindo, é um vislumbre do que teremos em consoles em alguns anos. Lembre-se: hoje não achamos nada demais correr por campos gramados, durante uma tempestade, caçando inimigos. Alguns anos atrás o custo de GPU para fazer uma folha de grama se mexer já era alto demais.
Mal posso esperar para ver os jogos que os japoneses farão com essa tecnologia, embora não faça muito sentido gerar cabelos com qualidade cinematográfica pra depois pixelar tudo…
Fonte: Kotaku.