Dori Prata 8 anos atrás
Uma reação bastante comum entre aqueles que testam algum dispositivo de realidade virtual é sentir um pouco de enjôo, tudo porque nosso cérebro tem uma certa dificuldade em entender que aquilo o que nossos olhos estão vendo não está acontecendo de verdade e na opinião de Chet Faliszek, um dos grandes nomes por trás da Valve, é fundamental que as fabricantes de HMD consigam eliminar esse problema.
O comentário foi feito durante a passagem de Faliszek por uma conferência de realidade virtual na Finlândia, onde realizou uma palestra cujo título poderia ser traduzido como “Deixar as pessoas enjoadas não é uma opção.”
“Dizer às pessoas que elas ficarão bem ‘assim que conseguirem se adaptar à realidade virtual’ é uma ideia totalmente errada,” afirmou o o roteirista, game designer e um dos evangelizadores da Valve quando se trata da nova tecnologia. “Se as pessoas precisam se acostumar a ela, então existem uma falha. [A tecnologia] precisa rodar a 90 frames por segundo. Qualquer valor abaixo disso e as pessoas se sentirão enjoadas.”
Essa questão da taxa de atualização é bem interessante e confesso que nunca tinha ouvido falar em uma relação entre as duas coisas, porém, o que chamou minha atenção foi a afirmação de Faliszek de que em relação a realidade virtual, podemos dizer que as empresas de games ainda estão na era do Pong, tentando entender como fazer a coisa funcionar.
Isso me faz pensar em quantas delas quebrarão a cara, quantas companhias que estão vendo nesta tecnologia um novo mercado e que provavelmente terão uma péssima surpresa daqui a alguns anos, quando o retorno não vier e as portas tiverem que ser fechadas.
O fato é que, com o Oculus Rift tendo visto o seu lançamento comercial adiado para o ano que vem, ainda teremos que esperar mais um pouco para ver como tudo se desenrolará, mas a julgar pelas palavras de Chet Faliszek, adquirir um desses aparelhos na primeira leva — independentemente da fabricante — não parece ser uma opção muito segura.
Fonte: GamesIndustry.