Carlos Cardoso 8 anos atrás
Isaac Asimov em suas histórias adorava imaginar mundos onde robôs inteligentes e autônomos explorariam as fronteiras da Lei, da Ética e da Humanidade. Quando alguém é atropelado o carro não tem culpa nem isenta o dono, mas em que momento um robô, decidindo por conta própria passaria a ser responsável por seus atos? Ou seria sempre o fabricante?
Essa questão foi colocada à prova pelo !Mediengruppe Bitnik, um grupo de artistas na Suíça. Os caras criaram um robô em software para explorar a Deep Web, rodar pelas lojas do Ágora, um dos mercados altamente suspeitos, e fazer compras aleatórias.
Com uma verba de US$ 100,00 em bitcoins por semana, o robô Random Darknet Shopper ia às compras, e logo — já que não usam os Correios brasileiros — as encomendas começaram a chegar. Sim, por incrível que pareça há casos onde você compra algo na Deep Web, e entregam. Vejam o resultado parcial:
O robô comprou:
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A polícia não ficou feliz, e confiscou a muamba. O endereço de entrega era uma galeria de arte, onde os itens eram arrumados numa exposição. Isso foi em janeiro. Em março o robô e os itens foram devolvidos aos legítimos donos (menos o Ecstasy, claro).
Não havia precedente para compras feitas aleatoriamente por um robô, e era evidente que a compra não foi feita com intenção de uso ou de venda. O grupo ficou bem feliz, disseram que foi um grande dia para eles, para o robô e para a liberdade na arte.
Claro, aqui não iria dar muito certo, até explicar que não é bem assim o robô já estaria na caçamba da PATAMO, levando umas coças.