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Star Wars: I have a good feeling about this

Star Wars. Episódio 7. Trailer. Veja. Apenas.

9 anos atrás

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Vou contar um segredo: eu vi Star Wars no cinema e tenho pena de quem não teve essa experiência. Não me entendam mal, apenas não é mais possível, é como se apaixonar pela 2ª vez, não é igual à primeira.

Em 1977 o cinemão não existia, não havia filmes de verão, não havia blockbusters. Claro, espetáculos como Lawrence da Arábia e Os 10 Mandamentos impressionavam, mas ficção científica era (tirando 2001) coisa de foguetes pendurados com fios soltando cera derretida e fumaça.

Ver aquele logo amarelo, o letreiro emprestado de um filme de Flash Gordon e a magnífica música do John Williams, seguido daquela puuuuuuuuuuuuuuuucta nave perseguindo uma menor fez com que todo mundo no cinema se agarrasse na cadeira. Algo havia mudado em nossas vidas, a partir daquele momento tudo seria diferente. Todo filme seria medido pelo padrão de Star Wars.

Infelizmente a idade amoleceu George Lucas, e aquele jovem idealista se perdeu, cedendo ao mundo do politicamente correto onde Han Solo não pode atirar primeiro, cedendo a um mundo cínico e raivoso onde não se pode apenas aceitar A Força, é preciso Midichlorians para que as viúvas de Richard Dawkins não se ofendam com uma explicação mística.

Ao mesmo tempo celulares produzem efeitos visuais melhores que muita coisa vista em Guerra nas Estrelas. Qualquer seriado de TV ou mesmo de YouTube tem efeitos com naves e planetas e robôs (alguns até judeus), hordas de orcs, buracos negros e dinossauros são apenas obrigação. Ninguém mais se maravilha no cinema como aconteceu com Star Wars, Jurassic Park, Contatos Imediatos.

Hoje o cinema não é mais lugar exclusivo dos espetáculos, é o lugar de tela grande.

Sobrou aos filmes como exclusividade apenas a alma, e todos achávamos que Star Wars a havia perdido, com os no máximo burocráticos Episódios I, 2 e 3. Há momentos ótimos neles, não se engane, mas são Star Wars sem glúten, escritos por um George Lucas preocupado com a lactose do leite azul.

Quando JJ Abrams assumiu o controle dos filmes de Star Wars, depois da aquisição pela Disney como sempre os chatos reclamaram, preferindo a franquia morta. Foi preciso Zachary Quinto mostrar que era um Spock no nível de Nimoy, e o filme de 2009 se tornar o mais rentável da história da franquia Star Trek pra acalmar os ânimos.

JJ respeita o material original, injeta sangue novo e revigora as franquias, ele faz bem à alma e é disso que Star Wars precisava.

Hoje saiu o novo trailer. Ainda um teaser, com 1 min 49 s.

Foi o suficiente. Vimos gente, não CGI. Quer dizer, há computação gráfica bagarai no trailer, mas os efeitos visuais são, como nos episódios 4, 5 e 6, uma ferramenta para contar a história, não algo legal que alguém achou que ficaria ótimo no telão.

Luke está lá, Leia está lá, nossos velhos e queridos personagens estão lá. Não há a sensação de algo alienígena, como nas prequels. Fãs em peso confessaram lágrimas nos olhos. Não há vergonha nisso.

Depois de tanto tempo, tantas decepções, não há nada mais emocionalmente gratificante do que perceber que estamos em território familiar, amistoso. Essa é a sensação do trailer. Não estamos em uma galáxia muito, muito distante. Estamos em casa.

MOVIECLIPS Trailers — Star Wars: Episode VII - The Force Awakens Official Teaser Trailer #2 (2015) - Star Wars Movie HD

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