Carlos Cardoso 8 anos atrás
Pessoalmente abomino peixe, falo que do mar nem a pequena sereia, mas uma parcela razoável da humanidade consome frutos do mar. Alguns nem por necessidade. Isso é péssimo para os peixes mas excelente para o comércio. Em 2011 foram produzidos, entre pescados pescados e pescados criados, 156 milhões de toneladas de frutos do mar. Isso é peixe bagarai.
Aí entra a marmotagem. Como alguns peixes custam muito mais caros do que outros, comerciantes vendem peixe-gato como se fosse peixe-lebre, e a maioria dos consumidores não percebe. Aí entra o mercado com cação salgado no lugar de bacalhau, tilápia ou bagre no lugar de garoupa, e por aí vai.
Isso acontece na peixaria, no barco de pesca e até nos restaurantes, e fiscalizar depois do peixe frito é bem complicado. Normalmente o CSI: Tainha exigia colher amostras, levar pra laboratório, ficar dias estudando aquela droga e só então determinar a família do peixe.
Agora cientistas da Universidade do Sul da Flórida desenvolveram isto aqui:
É um sensor portátil (notebook não incluído mas tecnicamente também são portáteis) que utiliza análise de RNA, em vez de DNA, e faz o trabalho todo in loco, em uns 45 minutos. O sistema tem precisão de 80,3% na identificação de uma espécie, o que é mais do que eu seria capaz de acertar e um tiquinho menos preciso que a versão desktop.
A tecnologia é descrita em mais detalhes no paper publicado com a pesquisa.
Dada a quantidade de dinheiro envolvida não duvido que em 6 meses isso já esteja evoluído para um acessório mínimo, conectado via Bluetooth ou NFC a um Android ou iPhone.
Fonte: LAT.