Dori Prata 8 anos atrás
Quem acompanhou o PlayStation Experience no final do ano passado deve ter visto o anúncio do Drawn to Death, novo game de David Jaffe, o criador das séries God of War e Twisted Metal. Idealizado como um jogo de queimada, o título acabou se transformando num típico multiplayer de arena, com o seu principal diferencial sendo o visual, já que as partidas acontecerão nas folhas de um caderno e a impressão é de estarmos vendo imagens desenhadas a caneta.
Tirando os belos gráficos, particularmente não me interessei muito pelo jogo do PlayStation 4 por não ver muita graça em sua mecânica, mas o que realmente assustou muita gente foi a revelação de que o D2D será gratuito.
Pois para tentar acalmar um pouco os detratores deste modelo de negócios, o próprio game designer foi a um tópico dedicado ao jogo no Reddit para defender a escolha pelas microtransações.
“Sim, nosso jogo é free-to-play, mas note que ele será feito por uma equipe que não gosta muito de jogos free-to-play. Nós não gostamos do pay-to-win e não gostamos de tirar a mecânica de jogo dos jogadores, simplesmente para fazer com que eles a ganhem de volta ou paguem por ela.”
Para Jaffe, o grande mérito dos F2P é permitir que um maior número de pessoas possam experimentar um jogo, além de poderem administrar o título como um serviço, mudando-o de acordo com a resposta dos jogadores e pelo menos na teoria, fazendo com que o Drawn to Death se torne o mais perto possível de algo ideal.
Olhando por este lado eu concordo com ele, mas isso ainda não explica como o jogo conseguirá obter lucro. Tirando games como o Team Fortress 2 e Path of Exile, que só servem para confirmar a regra, no geral jogos free-to-play são bastante nocivos ao bolso do jogador, comprometendo consideravelmente a experiência daqueles que não estão dispostos a pagar e por isso fiquei curioso para ver o que fará a The Bartlet Jones Supernatural Detective Agency (sim, este é o nome do novo estúdio de David Jaffe).
Fonte: SegmentNext.