Carlos Cardoso 8 anos atrás
Os fanboys sempre se preocuparam tanto com o Ano do Linux no Desktop que não perceberam que o Ano do Linux no celular chegou e passou. Com a maturidade do kernel a escolha do Linux para a base de um sistema operacional mobile fazia sentido, e o grande erro da Nokia foi não ter apostado nisso. Ou melhor, apostado menos timidamente, o Maemo tinha muito potencial.
Descontando o fato de só rodar decentemente em aparelhos bons, o Android é prova viva de que Linux funciona para usuário final: é só questão de interface, mas os fanboys não aceitam essa vitória. Já vi muita gente reclamando que “Android não é Linux”, que com outro nome não conta, etc, etc.
Pois bem, mimizentos: seus problemas acabaram! Saiu o que o mundo precisava: a Paz no Oriente Médio a Cura do Câncer MAIS UM sistema operacional mobile, no caso o Ubuntu, ou mais precisamente o BQ Aquaris E4.5 Ubuntu Edition:
O hardware é BEM decente, com tela qHD (960×540) de 4,5 polegadas; câmera frontal selfie de 5 Mp, traseira de 8 Mp com flash duplo, o incansável processador Cortex-A7 quad-core de 1,3 GHz; 1 GB de RAM, 8 GB de Flash e vai custar € 170 desbloqueado, ou 58 ações da Petrobras.
A interface foge do modelo tradional de apps, usam umas tais de Scopes. Kibando a explicação da CNet: em vez de ter um app do Spotify, outro do GrooveShark e outro pra tocar MP3 da audioteca do Paulo Coelho, eu uso uma Scope, uma página em HTML5 que capta conteúdo de todas essas fontes e exibe de forma unificada.
Sim, basicamente quebra o modelo de negócios de todo mundo, ninguém tem incentivo pra desenvolver pra isso, os sites bloquearão o acesso e o celular morrerá como aqueles WebOS da HP. É a cara do Linux.
De qualquer jeito se for preciso (nem é) mais um prego na tampa do caixão, o aparelho só será vendido na Europa, não há planos para o mercado americano.
Bem, ao menos, como os Jaffa em Stargate SG-1, esse celular vai poder dizer “I die free”.
Fonte: CNet.