Ronaldo Gogoni 8 anos e meio atrás
Há pouco mais de seis meses a parceria entre a OnePlus, uma startup fundada pelo ex-Oppo Pete Lau e a Cyanogen, que deixou de ser uma comunidade e se firmou como uma empresa desenvolvedora de um fork oficial do Android rendeu o OnePlus One, um aparelho de ponta que chamou muito a atenção por ser na época mais barato que os Nexus e equipado com hardware de ponta, e isso foi possível porque ele é vendido a preço de custo.
Entretanto houveram problemas. Primeiro, uma falha de segurança descoberta aos 46 do segundo tempo atrasou seu lançamento. Depois, usuários começaram a se queixar de um problema bem chato: o touchscreen deixava de responder após um tempo.
A OnePlus disponibilizou um update para o CyanogenMod 11S acreditando se tratar de um problema de software, o que não resolveu patavina. Foi então que um usuário descobriu que o buraco (ou melhor, o cabo) é mais embaixo.
Nos aparelhos afetados o touchscreen se comporta de maneira errática: em alguns ele não reconhece toque algum; em outros, apenas nas laterais; em alguns casos ele reconhece toques que jamais foram feitos, o chamado “toque fantasma”. O vídeo abaixo ilustra bem o problema:
Só que o usuário chamado vantt1, que já estava familiarizado com esse tipo de problema com touchscreens achou suspeito o fato da OnePlus atribuir a solução a um update de software, e resolveu investigar desmontando o aparelho. E de fato é um problema de hardware, pois o cabo flex do display faz contato direto com o chassi de metal do OnePlus One antes de se conectar à placa lógica, o que causa a intermitência. Detectado o problema, bastou aplicar fita isolante (removida de um iPad mini falecido, mas acredito que qualquer uma serve) na carcaça do smartphone e pronto, caso encerrado.
Como o OnePlus One é quase que exclusivamente vendido pela internet, um canal de assistência técnica é imprescindível para evitar problemas como esse, que poderiam ser resolvidos facilmente. O que não pode acontecer é dizer que é um problema de software, quando não é.
Fonte: CoA.