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ANAC afrouxa restrições para uso de eletrônicos em aviões

Quem diria, em breve você não será mais visto como terrorista se puxar um Kindle e tentar ler um livro enquanto espera os 343.412 vôos na frente do seu decolarem. A ANAC soltou uma portaria afrouxando as restrições no uso de equipamentos eletrônicos em aeronaves.

9 anos atrás

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A proliferação de aparelhos eletrônicos entre as pessoas comuns causou várias mudanças na aviação, e embora Wi-Fi e celular não derrubem aviões, é preciso testar e certificar as aeronaves. Trabalhando sempre na margem de segurança, as empresas e os órgãos reguladores criaram regras rígidas. Dependendo da empresa tecnicamente nem em modo avião celular pode ser usado no avião. Já tomei esporro por usar um Kindle. A única aeromoça do Brasil que leva a sério essas regulamentações me fez passar 40 min lendo revista de bordo, que é a forma vegan homeopática sem glúten do jornalismo.

No outro lado o uso de gadgets fez com que as empresas simplesmente parassem de investir em centrais de entretenimento. Daquela parafernalha parafernália toda da Avianca o mais útil é a tomada USB e a tomada de força debaixo do assento, que você não sabia que existia, acertei? Episódios velhos de seriados cheios de comerciais ninguém merece, e os "jogos" que oferecem? Pfft.

Nos EUA a United está estudando formas de transformar a mesinha de refeições em suporte para tablets. No Brasil a TAM tem aviões com conectividade celular, mas você precisa deixar sua mãe como parte do pagamento. A menos que você seja Bruce Wayne. Porque sabem que você tem dinheiro. Não por outro motivo, seu maldoso. A Gol tem HotSpots e uma intranet com conteúdo, para quem quiser brincar durante o vôo.

No meu caso não é de hoje que prefiro a Solução McGyver:

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Funciona assim: se um avião pode cair por causa de um iPod, ele MERECE cair.

Agora a ANAC resolveu o grande problema: a obrigação de não acessar nada durante 90% do tempo, no caso da Ponte Aérea. Uma resolução publicada no Diário Oficial permite que as empresas solicitem à ANAC permissão para permitir (estranho mas é assim mesmo) uso de eletrônicos por exemplo entre o pouso e a chegada no terminal (todo mundo liga o celular anyway) e até durante a decolagem, ou pelo menos até o avião começar a taxiar.

Quem viaja frequentemente já passou mais de uma vez meia-hora parado no terminal aguardando a fila, sem ter nada para ler além da 874.234.923.889ª reportagem de praias maravilhosas em Pernambuco e o 19.193.921.329º restaurante descoladinho na cidadezinha de Minas que só o ator da Globo da moda conhece.

Quanto ao pessoal preocupado com o inferno de todo mundo falando ao celular, acordem, estamos em 2014, ninguém mais usa voz. Antes das portas fecharem o avião não se parece com o Pregão da Bolsa. O que vai acontecer é mais gente lendo livros, vendo filmes, jogando joguinhos e escutando música. No máximo você terá que aturar um funkeiro do seu lado, sem fone de ouvido, mas pra isso Allah inventou o colete de explosivos.

Fonte: OD.

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