Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Se há um mercado em que a Apple sempre teve dificuldade em se expandir de forma considerável, esse é o Japão. O país de nossos queridos alienígenas/viajantes do tempo sempre teve certa resistência a adotar hardware de empresas de fora, vide a Microsoft que nunca conseguiu fazer com que o Xbox 360 emplacasse por lá, e periga repetir a dose com o Xbox One. No caso do iPhone, ele sofreu resistência por anos devido os consumidores preferirem seus celulares flip relacionados diretamente a contas de e-mail, o caso mais clássico da Síndrome de Galápagos. Depois disso, ainda preferiam smartphones de fabricantes japonesas.
Levou quatro anos para o iPhone assumir a dianteira no Japão, feito esse alcançado em 2011. Entretanto, aparelhos de fabricantes locais como Sharp, Kyocera e Fujitsu sempre estiveram na sua cola. Só que os números do último ano fiscal mostram que finalmente a maçã conseguiu de distanciar de seus concorrentes.
Em pesquisa realizada pelo MM Research Institute Ltd., a Apple despachou para as lojas 14,43 milhões de dispositivos, representando 36,6% do market share japonês de dispositivos. Isso representa um aumento considerável em relação ao ano anterior, onde pontuou 25,5%. O aumento se deve ao fato de que no último ano a Apple finalmente conseguiu fechar um acordo com a NTT DoCoMo, a maior operadora do arquipélago. Até 2013 ela era a única que ainda não trabalhava com iPhones, e bastou ela começar a vender os smartphones da maçã que os números explodiram. Isso fez com que clientes fiéis da operadora migrassem em massa a partir de setembro, o que derrubou os números dos concorrentes.
As empresas locais ficaram bem para trás. A Sharp, a segunda colocada conseguiu enviar para as lojas (lembrando, esses números não refletem vendas) 5,14 milhões de unidades, representando 13% do market share. A terceira colocada é a Sony, com 12,3% e 4,84 milhões de aparelhos. A Samsung, que fora do Japão dá canseira na Apple como a principal representante Android tomou uma lavada: ela ficou em sexto lugar atrás das também japonesas Kyocera e Fujitsu, com apenas 5,7% do mercado. O fato de ser uma empresa coreana provavelmente pesa contra: para o cidadão local, se for para comprar um Android que seja de um fabricante japonês.
Ainda que sejam bons números para a Apple, o MM Institute diz que o consumo de smartphones no Japão está caindo: a expectativa é que 37,7 milhões de dispositivos mobile sejam vendidos neste ano fiscal, uma queda de 4,3% em relação ao último ano.
Fonte: BB.