Carlos Cardoso 9 anos atrás
A humanidade enfrenta vários problemas terríveis, como a fome, as doenças, a guerra e o sertanejo universitário, mas entre todos talvez o mais cruel, que por séculos causou frustração, ânsias de suicídio e pelo menos umas 2 Guerras Púnicas foi finalmente solucionado graças a dois gênios.
Jonathan Thompson e Tyler Richards são estudantes do ensino médio em Liberty, Missouri. Entre as várias atividades de sua escola, há aulas associadas ao Project Lead the Way, um programa de fomento à STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) com projetos do jardim de infância ao final do ensino médio.
Isso mesmo, o pessoal da gringa estimula crianças a aprender e gostar de ciência e tecnologia desde o jardim de infância. Pobres coitados, no máximo conseguem colocar homens na Lua, nunca chegarão a se tornar Referência Mundial em Sandálias de Pneu, como nós.
Os dois resolveram pesquisar um problema aflitivo, ao menos para jovens em idade escol-não, sejamos sinceros, todo mundo. O problema? Aquela água nojenta do pote de ketchup, quando fica muito tempo (mais de 30 s, em média) parado.
Dependendo da fome a gente chega a jogar fora o sanduíche, diante daquela secreção da pústula de Satã.
A princípio o professor não gostou do projeto, então como bons cientistas montaram uma proposta de pesquisa detalhada, que convenceu o chefe. Aprovada a idéia, identificaram o processo de formação da água nojenta como sinerese. O mesmo processo usado para fazer aquele tal de Whey.
Foram pra prancheta, projetaram várias soluções, modelaram as melhores em um CAD, enviando em seguida para a impressora 3D da escola. Testaram e… FUNCIONOU!
Os dois criaram uma solução que será copiada e implementada pela indústria, mostrando que há uma enorme, uma imensa diferença entre desingers de produtos-conceito puramente masturbatórios e gente que aplica desenho industrial para achar soluções para problemas reais.
Claro, alguns vão dizer que a água nojenta de ketchup não é um problema tão grande quanto a fome no mundo, mas de que adianta resolver o problema da fome se na hora que o sujeito vai colocar um ketchup na batata sai aquela água nojenta? Ele desiste, fica com fome.
O exemplo, brincadeiras à parte, é que uma escola pode fazer muito mais do que ensinar via decoreba e aprovação automática. Pode formar mentes curiosas, inquisitivas e analíticas. Ou pode fazer como São Paulo, onde criticaram uma ONG que dava bolsas para alunos superdotados carentes. Disseram que era preconceito com os mais lentinhos.
Fonte: Fair and Balanced.