Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
A Microsoft nunca foi adepta da ideia de oferecer o Office a preços razoáveis e muito menos de graça, visto que a suite de aplicativos é a vaca leiteira de Redmond: é o produto que mais gera lucros à empresa, pois virtualmente não há nenhum concorrente à altura. Os usuários de Mac não admitem, mas sabem que o iWork não se compara.
Só que as coisas estão mudando, e nem foi o fato da Apple ter cravado a faca e girado ao oferecer o iWork de graça: como o conselho estaria pressionando o CEO Satya Nadella a flexibilizar os serviços e não focar tanto em hardware, pode ser que a versão de iPad esteja a caminho. Só que há um programa que ela já oferece gratuitamente há algum tempo: trata-se do OneNote.
O programa de anotações estaria sendo visto pela Microsoft como um app em potencial para fazer frente ao Evernote, a aplicação líder quando se trara de fazer anotações e capturar sites. Historicamente ele só era oferecido com o Office, portanto era preciso desembolsar uma boa quantia para utilizá-lo. Ao notar que a aplicação tem potencial para crescer no mercado mobile e dar dor de cabeça ao rival pois conta com a Microsoft por trás, ele foi há pouco tempo disponibilizado para iOS e Android gratuitamente. Como ele já está no Windows Phone e até mesmo Symbian, só faltava uma plataforma para recebê-lo: o Mac, já que a versão do Office 2011 para a plataforma só conta com Word, Excel, Outlook, Communicator e PowerPoint.
Só que fontes próximas à Redmond apontam que a empresa não pretende cobrar pelo app, assim como acontece nas versões mobile. Como forma de torná-lo mais interessante seria introduzido um novo feature chamado Capture Service, que funcionaria de forma semelhante ao Web Clipper do Evernote: capture sites, edite-os e compartilhe através das redes sociais. A questão é: seria o OneNote forte o suficiente para convencer hard users do Evernote a migrar ou mesmo a utilizar ambos?
O lançamento do OneNote para Mac pode acontecer até mesmo antes da esperada nova versão do Office, que pode dar as caras ainda em 2014. A dúvida que fica é por quanto a Microsoft vai vendê-lo, já que qualquer valor diferente de gratuito será caro e poderá não fazer frente ao iWork.
Fonte: The Verge.