Dori Prata 9 anos atrás
Talvez não exista nada atualmente que desperte mais repulsa nos gamers do que ver o nome de um jogo ser atrelado à palavra microtransações e se isso é algo que o preocupa em relação ao Deep Down, o produtor Yoshinori Ono tentou explicar como o modelo funcionará no título que será lançado com exclusividade para o PlayStation 4.
“Embora seja um jogo para console, o modelo é basicamente o mesmo visto em games online. Quando desenvolvemos um jogo online nosso objetivo é criar algo que permita às pessoas que já o jogam continuarem a se divertir com ele. Ao mesmo tempo, tentamos evitar o aumento do número de jogadores apenas por uma questão de termos novas pessoas jogando. O Deep Down será oferecido sem que haja cobrança, mas os jogadores terão que pagar por itens adicionais e outros conteúdos. Para garantir que as pessoas que jogam não percam o interesse, continuaremos trabalhando para entregar conteúdo a longo prazo.”
Como a declaração foi feita para um grupo de investidores, Ono infelizmente não entrou em maiores detalhes, mas fez questão de garantir que a intenção da Capcom é entregar uma grande variedade de conteúdo por um preço acessível e que o importante não é enxergar esses DLCs como uma forma de valor agregado, mas algo que o jogo precisa ter.
Mesmo tendo um enorme receio de que o modelo possa estregar o game, tenho muita curiosidade de ver como a empresa se sairá com essa investida, pois caso obtenham sucesso e o jogo se torne uma febre, poderá fazer com que muitas outras desenvolvedoras sigam o exemplo e então os Free-to-Play finalmente se tornarão tão comuns quanto alguns executivos gostariam.
O risco aqui claramente está no game exigir dinheiro para termos acesso aos itens mais comuns e caso a Capcom cometa esse equívoco, o Deep Down infelizmente entrará para a lista de jogos com enorme potencial, mas que foram prejudicados por seu modelo de negócios.
Fonte: DualShockers.