Dori Prata 9 anos atrás
Mesmo sem que ela tenha aparecido em tantas manchetes quanto a Unreal Engine 3, a CryEngine 3 ou a Frostbite 3, a Capcom pode se orgulhar de ter criado uma engine bastante poderosa e flexível na sétima geração, a MT Framework. Depois de ter sido utilizada em boa parte dos jogos da empresa, como o Dragon's Dogma, Resident Evil 5 e Marvel vs. Capcom 3, a editora anunciou que a ferramenta será descontinuada.
Quem fez o anunciou foi Masaru Ijuin, gerente sênior de tecnologia da empresa, que visando diminuir o tempo e custo de produção dos jogos da próxima geração, decidiu criar do zero um novo kit de desenvolvimento, o Panta Rhei, que alguns devem conhecer por ter sido associado à produção do Deep Down, título que deverá aparecer com exclusividade no PlayStation 4.
Segundo o executivo, enquanto as equipes da Capcom trabalhavam nos últimos lançamentos perceberam que a MT Framework possuía algumas limitações que fariam com que a engine não fosse adequada para os novos consoles e embora o japonês afirme que a velha ferramenta ainda seja muito poderosa, aumentar a qualidade dos games exigirá muito mais trabalho, algo que ele acredita será entre oito e dez vezes maior do que o necessário na geração que está acabando.
Um detalhe curioso nesta história é que alguns profissionais da editora não gostaram muito da ideia de terem que trabalhar com uma nova engine, preferindo que a atual fosse aperfeiçoada, mas Ijuin disse que isso não se mostrou a melhor saída, pois se com a MT Framework o tempo de desenvolvimento podia ser reduzido de uma hora para 30 minutos, com a Panta Rhei a queda seria para apenas 10 minutos.
Como não estou do lado de lá, não ousarei questionar a decisão da empresa, mas só de pensar no Dragon's Dogma e em como ele poderia ficar no PC ou num videogame da próxima geração, como jogador eu não classificaria a MT Framework como nada menos do que espetacular.
Fonte: IGN.