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Jovem Freelance da Reuters é morto em combate na Síria

Fotojornalista da Reuters morre ao registrar o conflito armado na Síria. O problema é que alguns afirmam que o jovem jornalista tinha apenas 17 anos.

10 anos atrás

Semana passada publiquei um texto com o título "A Fotografia está morrendo?". Nele temos uma discussão que aparece de tempos em tempos no meio fotográfico sobre a banalização da imagem por conta do impacto da tecnologia digital e se a fotografia, como expressão artística, estaria fadada a morte por conta disso. Claro que a discussão é acalorada pela perspectiva de fotógrafos veteranos que sentiram o impacto das novas tecnologias e estão com receio, ou até mesmo medo, do caminho que as coisas estão tomando. Um desses fotógrafos é Antonio Olmos, que se queixou de não ser mais contratado para cobrir conflitos em partes longínquas do mundo. Hoje as agências acabam pegando imagens produzidas por quem está diretamente envolvido nesses conflitos. Moradores do local que tem acesso a câmeras com qualidade aceitável para o fotojornalismo e que estão diretamente envolvidas  ou no meio dos combates. Ou seja, difícil concorrer com isso.

Dentro desta linha, chegou a nosso conhecimento que a Reuters teve uma baixa em sua equipe de fotógrafos freelance que estão cobrindo o conflito armado na Síria. Molhem Barakat, um jovem fotógrafo que cobria o conflito entre rebeldes e as tropas do Presidente Bashar al -Assad, morreu na sexta feira em um combate em um hospital de Aleppo. A notícia fica mais impactante pelo fato de alguns afirmarem que o fotógrafo tinha apenas 17 anos. Barakat estava trabalhando para a Reuters desde Maio e suas fotos foram repassadas para os maiores meios de comunicação em todo o mundo. A agência não divulgou como o fotógrafo foi morto e nem confirmou ou desmentiu a informação de que ele teria apenas 17 anos. Muitos estão cobrando da Reuters a confirmação desta informação e indagando, caso seja verdade, o motivo de contratar alguém tão jovem para cobrir uma zona de conflito. Talvez o caso seja apenas de aproveitar imagens bem feitas de alguém que já estava na região. Uma das vantagens de nosso mundo globalizado.

Molhem Barakat se junta aos mais de 100 mil mortos do conflito desde 2011.

reuters_reporter

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