Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Na tarde de ontem, o Twitter resolveu fazer a primeira grande atualização em seu serviço desde seu IPO no último mês. Numa decisão no mínimo polêmica, usuários previamente bloqueados voltariam a ter acesso às timelines dos usuários que os bloquearam, tornando o recurso praticamente inútil pois voltaria a permitir interações até certo nível entre um elemento indesejado e a pessoa que o bloqueou.
Obviamente que a chiadeira foi geral, e com razão. Tendo em vista a recepção negativa que o update recebeu, o Twitter voltou atrás e horas depois retirou o block que não é block, voltando a rede social à situação anterior, onde quem é bloqueado não vê o que o outro tuita.
Em nota oficial, o VP de Produtos Michael Slippey disse que "nós (o Twitter) nunca pretendemos introduzir funções ao custo de que nossos usuários se sintam sintam menos seguros”. Entretanto ele diz que a situação atual "não é a ideal", pois para a empresa o ato de bloquear alguém pode fazer com que o usuário impertinente se sinta um "excluído digital" (tadinho, só que não), o que poderia levar a retaliações, principalmente em casos de bloqueios causados por assédio moral (falando francamente, a gente vê isso todo dia).
É compreensível que se você não quer manter contato com determinada pessoa, eliminá-lo de sua timeline não é o bastante, o certo é pô-lo para fora a pontapés e pregar um "passe amanhã" na porta. Claro que existe a opção de trancar o perfil, como lembrado pelo criador do Tweetbot Paul Haddad como a única 100% à prova de trolls fora simplesmente não tuitar, mas essa não parece ser a solução mais inteligente, principalmente para quem é constantemente seguido por novos usuários e aprovar seguidores um por um seria uma tarefa bem ingrata.
Fonte: TNW.