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Em entrevista, Ballmer diz que conselho da Microsoft indiretamente apressou sua saída

Segundo CEO conselho administrativo quer mudanças numa velocidade que ele não pode alcançar: Ballmer se vê como “símbolo de uma era antiga” que precisa sair

10 anos atrás

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Ainda que Steve Ballmer tenha deixado um legado de altos e baixos na Microsft nestes 13 anos que serviu como seu CEO, para o conselho administrativo o ritmo em que ele conduz as mudanças não é dos mais rápidos. Em entrevista ao Wall Street Journal Ballmer diz que a ânsia dos diretores por mudanças é veloz demais para o seu ritmo de trabalho, e por causa disso ele não poderia continuar capitaneando a empresa sem entregar tudo o que eles querem.

Ainda que pareça sincronizado demais para não ser o motivo principal, o prejuízo de US$ 900 milhões que o Surface RT deu à Microsoft é apenas um dos fatores. Os problemas começaram quanto o conselho começou a pressionar para que o plano de reestruturação da Microsoft idealizado por Ballmer fossse posto em prática o mais rápido possível. A intenção seria tornar a empresa mais competitiva, de modo a concorrer pau a pau com Apple e Google no mercado de smartphones. Durante um encontro com os diretores, enquanto ele explicava o plano o líder do conselho de administração John Thompson o interrompeu, dizendo “ei cara, anda logo com isso. Estamos parados no tempo”.

Em entrevista ao jornal, Thompson disse que “o conselho não o pressionou a sair, apenas para andar mais rápido com as mudanças”.

Entretanto a velocidade do conselho e a de Ballmer não estão em sintonia, e segundo o CEO eles não chegarão a um acordo. Ele inclusive tentou deixar a empresa mais colaborativa: anteriormente ele contatava os chefes de unidade individualmente, e em 2013 passou a promover encontros em seu escritório, de modo a tornar o desenvolvimento mais orgânico. Mas nada que fizesse parecia agradar o conselho. Isso fez Ballmer chegar à conclusão que talvez ele seja o problema e sair para dar lugar a um CEO mais ágil talvez seja o melhor para a Microsoft, ainda que o faça com dor no coração:

Talvez eu seja o símbolo de uma era antiga, e eu tenha que sair. (…) Apesar de amar o que eu faço, a melhor alternativa para a Microsoft entrar numa nova era pode ser um novo líder, que acelere as mudanças.

Resta saber quem vai assumir a cadeira. Entre os mais cotados estão Alan Mulally da Ford e os internos Tony Bates, Satya Nadella e Stephen Elop, este último motivo de preocupação após suas ideias mirabolantes virem à tona.

Fonte: WSJ.

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