Carlos Cardoso 9 anos atrás
O USS Sarah Connor Chancellorsville, visto na foto acima ao lado do USS Ronald Reagan, é um cruzador lançador de mísseis classe Ticonderoga. Com 9.800 toneladas e 173 m de comprimento, é um navio de respeito, mas como seus antepassados aprenderam na 2ª Guerra Mundial, não são páreo para o poder aéreo.
Durante um exercício o Chancellorsville (de agora em diante chamado apenas de “navio”) deveria usar seu sistema de defesa AEGIS para rastrear um drone, programado para voar na região. Tudo funcionou normalmente, mas na hora de recuperar o drone, a rotina de pouso falhou, ou foi alterada para “matar todos os humanos”, e o drone arremeteu contra o navio, acertando em cheio e ferindo com queimaduras dois tripulantes.
Como a maioria dos drones pequenos são elétricos, e se não usarem um transponder tentem a ser difíceis de identificar no radar, especula-se que o drone usado tenha sido um BQM-74E, que fora a inteligência interna difere muito pouco das bombas voadoras V1:
Eles podem ser lançados de navios, mas não “pousam”, caem com estilo, sendo recuperados no mar, próximos à embarcação.
É possível que o radar SPY tenha fritado alguns componentes, drones não são projetados para suportar tanta radiação eletromagnética, ainda mais se o estagiário resolveu testar o bicho com a potência máxima de 6 megawatts. Reza a lenda que se eles concentrarem o feixe num ângulo de 1 grau e mantiverem mirado no caça inimigo, mesmo que o sistema seja blindado e o avião não caia, o piloto terá filhos esquisitos.
Ainda assim, foi azar, e o navio voltou para o estaleiro, para reparos. Imagine quando for a sério, e ao invés de drones inofensivos forem dezenas, centenas de drones inimigos recheados de explosivos, bem mais baratos do que misseis, lançados de um navio mercante “inocente”. É a guerra aérea democratizada.
Fonte: CNN.