Dori Prata 9 anos atrás
Mesmo com todas as suas qualidades, o Linux nunca conseguiu conquistar a relevância que poderia e um dos motivos para isso é a falta de jogos. De uns meses para cá esse cenário mudou um pouco e graças ao SteamOS, talvez o futuro nunca tenha parecido tão promissor para o sistema operacional gratuito.
Pois na opinião de Lars Gustavsson, diretor criativo da DICE, o que falta ao Linux é um grande lançamento, um título que seja capaz de convencer as pessoas a mudar de lado.
“Queremos fortemente chegar ao Linux por um motivo. Demorou até o Halo para o primeiro Xbox deslanchar e se tornar uma loucura - normalmente, é preciso um aplicativo matador ou um jogo e então as pessoas fiquem mais do que dispostas a adotar algo - não é difícil colocarmos nossas mãos no Linux, por exemplo, só precisa um jogo para te motivar a ir para lá.
… Você realmente precisa convencer as pessoas a como elas podem casar ele em seu dia-a-dia e torná-lo parte integral de suas vidas.”
Gustavsson aproveitou ainda para elogiar a iniciativa da Valve com o seu sistema operacional e fez uma previsão, dizendo que daqui a 10 anos a maneira como jogaremos e consumiremos games será bem diferente, muito devido ao streaming e as novas interfaces que teremos, o que para ele significará “uma menor necessidade de hardware e mais demanda por experiência de jogo.”
Mesmo que isso não mude do dia para a noite, essa falta de jogos no Linux parece mesmo algo que está com os dias contados. Aos poucos as empresas estão percebendo que há pessoas dispostas a jogar no SO e com mais títulos disponíveis para ele, é natural que outros jogadores resolvam lhe dar uma chance. Caso a EA lance realmente um Battlefield por lá, acho que poderia chamar a atenção de muita gente, lhes mostrando que pode existir vida (virtual) fora do Windows.
Fonte: Polygon.