Carlos Cardoso 10 anos atrás
Nas épocas pré-históricas do Palm quando falávamos para os hereges donos de Windows Mobile que tínhamos 10 mil aplicativos, respondiam que 8.000 eram blocos de notas. Era verdade, mas o maior problema não divulgávamos: os aplicativos surgiam, nós comprávamos, com garantia de upgrades eternos. Seis, e em alguns casos DOIS meses depois o desenvolvedor transformava em Versão 2.0 Remasterizada, dizia que era um app totalmente nova e tínhamos que comprar de novo.
Esse era o melhor cenário. No pior os caras simplesmente desistiam e abandonavam as apps, com ou sem bugs, sem disponibilizar fontes, e a gente ficava chupando dedo.
Isso não mudou. Uma empresa especialista em avaliação de Apps Mobile testou os principais sistemas operacionais e o Windows Phone, usando um critério específico para determinar a “morte” de um app: “não ter atualizações e menos de 10 avaliações”.
Já é bem generoso, visto que muitos desenvolvedores pedem para amigos avaliarem o app, e soltam uma ou outra atualização antes de perder o interesse.
Mesmo assim, o resultado é assustador:
Na média menos de 1 a 5% dos apps lançados continuam vivos e bem.
Isso pode ser insignificante, no caso de apps que funcionam bem, um incômodo, quando há pequenos bugs, ou fatal, no caso de jogos e apps que dependam de servidores remotos. Individualmente a frustração é maior que o prejuízo, mas com o passar do tempo esses US$ 0,99 vão se acumulando. É possível que chegue uma época onde as Microsofts, Googles e Apples da vida passem a exigir compromisso de longo prazo dos desenvolvedores. Pro usuário será ótimo, pro garoto na Letônia do norte, que bolou um app legal nas férias, será um tiro de morte.
Fonte: Geeks Are Sexy.