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Livro: "A Bíblia dos Games"

16 anos atrás

Recebi do pessoal da Ediouro dois exemplares do "Guinness World Records GAMES", edição de 2008 (ISBN 9788500022654, 288 páginas, R$ 64,90). A foto da capa não corresponde ao exemplar.

O livro pode ser resumido em duas palavras: muito legal! Desculpem a empolgação, mas ele é realmente divertido.

Encadernado em capa dura, começa com uma breve explicação sobre esta primeira edição inteiramente dedicada a jogos de computador. O processo de homologação dos recordes é feito pela Twin Galaxies (cujo fundador, aliás, é o árbitro profissional de videogames mais antigo em atividade: Walter Day), que faz esse trabalho há há vinte anos.

São seis seções, mostrando consoles, jogos recordistas, entrevistas, fliperamas e recordes de pontuação. Com muitas fotos e ilustrações, algumas informações ficam "escondidas" nas páginas e é preciso ter calma para se ler tudo. Mas esta é a típica obra de "releitura": aquela que costumamos abrir, folhear e reler várias e várias vezes, sempre descobrindo algo novo (você sabia que o Wii vendeu, só nos EUA, 600 mil unidades durante os oito primeiros dias nas lojas?).

Citações de jogos clássicos (Pac Man vendeu sete milhões de cópias, só para o Atari 2600) dividem espaço com lançamentos mais recentes (Gears of War foi o primero jogo de tiro a esgotar no Japão, país que normalmente compra pouco o gênero).

Para quem não é aficionado, há dicas, curiosidades e alguns nomes desconhecidos. Por exemplo: "Perimeter" é o "jogo de estratégia mais estranho já feito". "Populous" trazia terrenos modificáveis pelo jogador, por o autor, Peter Molyneux, teve preguiça de criar centenas de mapas. O primeiro jogo de estratégia em tempo real foi "Stonkers", da Imagine Software, de 1983 (e eu achando que fosse Dune II). O recorde de "Tetris" nos arcades foi estabelecido em 1999, por Stephen Krogman: 1.648.905 pontos. Humilhante.

Como nada é perfeito, há apenas duas críticas a fazer: a primeira é que a tradução peca um pouco em determinados momentos. Por todo o livro há citações a "RU". Apenas em uma página está escrito que a sigla é de "Reino Unido". Como o livro se originou por lá, nada mais natural que haja mesmo as referências. Mas, no Brasil, teria sido melhor retirar a abreviação.

A outra é na comparação do hardware dos consoles. Na página referente ao N64, por exemplo, aparece "até 100 mil polígonos por segundo". Já na página do Playstation 3, aparece "2 teraflops". Comparar polígonos com FLOPS? Mas essas pequenas inconsistências não tiram o brilho da obra.

É claro que a polêmica sempre andará de mãos dadas com o "Guinness". Um amigo meu, jogador de longa data, reclamou da "tendência" à Sony, já que "...o Nintendo Game Boy divide duas páginas com o DS. E isso considerando o GBA. Já o PSP tem duas páginas só para ele!". Coisas da paixão.

Comentei que eram dois exemplares, certo? Pois é... sugiro que fiquem de olho na nossa próxima "newsletter"...

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