Matheus Gonçalves 10 anos atrás
Um vídeo promocional da IPTV Viera, da Panasonic, foi recusado por diversas emissoras de TV do Japão. A alegação de todas elas é que o comercial pode "confundir a audiência por causa da mistura de TV convencional e Internet". Aham. Ok, televisões com acesso à Internet não são lá uma novidade, mas acontece que a interface deste modelo permite dividir a tela entre canais tradicionais e YouTube, por exemplo.
Obviamente isso deu início a várias especulações sobre a real intenção por trás desta atitude. Para muitos, este é mais um ato das empresas na tentativa de desacelerar a entrada de IPTVs no país. A verdade é que, apesar da reputação de magos da inovação tecnológica, muitos segmentos do Japão freiam a adoção de novas tecnologias para o uso de consumidores em geral. Algumas das empresas são criticadas por não se atualizarem no que tange os bens de consumo desta área.
"IPTV, ou Smart TVs, representam uma nova área de serviço, e nós estamos falando da criação de novas regras de transmissão de conteúdo" - afirmou a Panasonic em um pronunciamento. "Nós nos reservamos os direitos de não comentar mais nada a respeito" - completou.
Apesar da tentativa de boicote, o comercial foi publicado em sites de compartilhamento de vídeo, e compartilhado de forma viral (ah, vá!?), o que deu ainda mais visibilidade ao produto. 2013, gente. Em áreas de comentários, muitas pessoas se manifestaram de forma pacífica, mas uma minoria resolveu soltar o verbo.
"Transmissões convencionais já eram, porque eles falharam em se atualizar para acompanhar a demanda!" - disse um dos leitores. "Esqueça isso de TV comum. Nós vivemos no tempo da Internet" - disse outro.
Uma pessoa, identificada apenas como tairaomote, faz referência à árdua competição entre as emissoras e a cultura da Internet no país, dizendo que mesmo empresas asiáticas, como LG e Samsung (que já oferecem tecnologias parecidas), sempre enfrentaram dificuldades para popularizar as vendas de TVs assim no Japão.
Veja abaixo o comercial e tire suas conclusões:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=lgk5ui-nHTk&w=640&h=360]
Fonte: AFP e Phys.org.