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Camarão Assassino com armas de ficção científica

Que tal um camarão que mata suas presas com uma arma que pode ser desde uma pistola sônica até uma mini-bomba nuclear?

11 anos atrás

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Existe uma espécie de camarões gigantes chamados Camarão Louva-Deus. A parte surpreendente não é nem o tamanho, chegando ao comprimento de um braço humano, mas a forma com que matam suas presas.

Eles engatilham suas garras de caranguejo e as disparam em direção ao pobre-diabo que será o jantar. As garras se fecham com uma velocidade absurda, a aceleração medida chegou a 10.400 G. Isso gera uma onda de choque com força de 1.500 newtons. Colocando em perspectiva, UM kg na superfície da Terra exerce uma força de 9,81 N.

A presa é morta ou atordoada, e na pior das hipóteses acorda sendo desmembrada pelo camarão.

Essa pistola sônica de ondas de choque utiliza um efeito chamado supercavitação, que ocorre quando a água é aquecida acima de seu ponto de ebulição e forma bolhas instáveis. Uma onda sonora desestabiliza as bolhas fazendo com que elas implodam. Essa implosão é muito rápida, e gera efeitos muito, muito estranhos, entre eles a Sonoluminescência.

Conhecido desde os anos 30, é um fenômeno onde uma bolha em um líquido entra em colapso, implodindo e emitindo um flash de luz. Sim, nosso camarão além de disparar uma carga sônica, também dispara um flash, veja, em um mini-documentário da BBC sobre o camarão-pistola, uma versão menos metrossexual do Louva-Deus:

As primeiras pesquisas indicaram que a bolha implodindo atingia temperatura de 1 milhão de kelvins, mas medições atuais colocam esse número em meros e corriqueiros 20 mil kelvins. O problema é que ninguém sabe exatamente o que acontece ali.

Temos um fenômeno físico extremo, produzido por uma barata molhada e que desafia explicações. Alguns dizem que a água é momentaneamente separada em Hidrogênio e Oxigênio, apenas para entrar em combustão e se recombinar, gerando a luz.

Outros dizem que a luz é causada por ionização dos átomos dentro da bolha.

Explicações mais exóticos apelam para a energia do vácuo. As bolhas criariam uma versão do Efeito Casimir, fazendo com que fótons virtuais se tornem fótons reais e “passem a existir”.

Uma versão mais conservadora diz que as bolhas são apenas uma reação microscópica de fusão nuclear.

O mais legal de tudo é que o efeito é repetido rotineiramente em laboratório, onde inclusive é danado de bonito de se ver:

Uma última dica: nunca compre um camarão desses para seu aquário. Eles adoram cometer suicídio quebrando os vidros com suas armas sônicas.

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