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As Crônicas do Macfag - Dia 2

Nexus 4: acompanhem o 2º dia após largar as DORGAS da maçã maligna de Cupertino.

11 anos atrás

Engana-se quem pensa que eu não sobreviveria ao primeiro dia usando o Nexus 4. Hoje vou falar sobre quais foram minhas primeiras impressões a respeito do aparelho, quais minhas expectativas e as minhas primeiras horas utilizando o telefone.

Muitos falam que Android você não usa, você contrai. Isso talvez funcione como uma piada, mas na prática não há nada de verdade. O grande diferencial do Android em relação ao iOS é que ele é mais democrático. Obviamente por ser aberto, terá muito mais problemas, mas a vantagem disso é que há dezenas de fabricantes com celulares para todos os bolsos. iPhones são muito bons mas continuam sendo muito caros.

Para entender melhor os motivos que me levaram a abandonar o iPhone depois de possuir 5 modelos, vou falar sobre minha experiência e expectativa de uso. Por trabalhar com/na Internet, usar muito o telefone é quase que mandatório. Responder emails na rua, usar o WhatsApp, navegar e até mesmo agendar posts é possível dessa forma. Porém, eu imagino que em algum momento a lógica seja subvertida e os smartphones ganhem outro nome. Ao menos no meu caso, telefonar é a coisa que menos faço no aparelho. Os celulares modernos são mais computadores do que nunca.

Por quase nunca fazer/receber ligações, meu uso concentra-se muito mais nos olhos que nos ouvidos. Não sei exatamente quantas horas por dia passo olhando pro celular, mas não são poucas. Passo mais tempo nele do que no computador. Anos atrás você só olhava pro celular pra discar um número, passar uma mensagem ou jogar cobrinha. Dessa forma, sempre achei que uma tela grande demais seria exagero ou que eu não sentia falta de 1 polegada a mais de tela, mas é mais ou menos quando a banda larga surgiu no Brasil. As pessoas diziam “pra que você vai ter Internet 24/7 se você só fica meia hora por dia?”. Ninguém ficava muito tempo porque era lento e caro, não era algo que estava a disposição o tempo inteiro. Era mais ou menos assim que eu pensava sobre a tela, já que não ficava muito tempo no celular, uma tela grande demais era desnecessário pois as tarefas mais complexas eu faria no computador.

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Globalização: foto de um Nexus 4, tirada com um iPhone 5 em cima de um teclado Microsoft.

Acontece que mesmo trabalhando em casa, eu fico muito mais tempo no celular do que no desktop. É mais prático para a maioria das tarefas e eu fico livre para circular pela casa. No desktop fico preso dentro do escritório. Com o celular na mão eu consigo vigiar meu filho e trabalhar ao mesmo tempo. Obviamente algumas tarefas vão demandar que eu sente na cadeira e utilize teclado e mouse, mas elas são minoria. Resumo: passando tantas horas olhando pro telefone, a tela do iPhone começou a parecer muito pequena.

Ao manusear o Nexus 4 nas primeiras horas, não senti muita diferença com relação ao tamanho da tela. Achei que seria incômodo segurar um celular tão grande, mas me enganei. O uso, apesar das dimensões é bem confortável. Mas o que me fez perceber que realmente eu tinha tomado a melhor decisão aconteceu minutos depois, quando fui usar o iPhone 5 de novo. Eu me senti como Guliver usando um celular de Lilliput. A tela simplesmente era pequena demais! Mais ou menos a mesma sensação de usar um tablet e voltar pro celular. A sensação de usar o iPhone 5 depois de passar um tempo com o Nexus na mão foi de frustração, quase desgosto. Não dava vontade de ficar usando o telefone da Apple, 1h depois eu já achava a tela pequena demais.

Concluindo: para mim, que faço um uso constante, porém básico de um smartphone (emails, mensagens, fotos e redes sociais), o mais importante nesse momento é uma tela confortável para visualizar o conteúdo. E o iPhone nisso peca em duas coisas fundamentais: a tela é muito pequena e muito estreita. Não será estranho se num futuro próximo a Apple lançar um iPhone 5S ou mesmo um iPhone 6 com uma tela bem maior.

Amanhã falarei sobre apps, a configuração inicial e como é migrar do iOS para o Android. Até lá!

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