Analista discute o sucesso dos jogos Free-to-Play

Acho que podemos dizer que o modelo de distribuição Free-to-Play ainda está dando seus primeiros passos, encarando a dura tarefa de tentar convencer as pessoas de que um jogo gratuito pode ser tão bom quanto um em que pagamos US$ 60, mas isso não significa que eles não estejam ganhando muito espaço e mesmo empresas de grande porte já declararam todo seu apoio aos F2P.

Mas o que explicaria tamanho sucesso? Pois o analista Ben Holmes escreveu um artigo para o Wall Street Journal onde dá a sua visão sobre o assunto e na minha opinião ela é bastante interessante:

“Ao contrário da distribuição física, os jogos Freemium são um caso único onde as companhias podem perfeitamente descriminar o preço até o nível de um consumidor individual. Os consumidores não são confrontados com nenhuma barreira de preço. Nos dispositivos móveis, baixar e testar um jogo pela primeira vez agora pode ser um processo sem atritos.”

De acordo com Holmes, uma das coisas mais legais dessa liberdade é a possibilidade do jogador decidir quanto quer gastar num jogo e assim aqueles que não possuem muito tempo ou habilidade podem investir na compra de mais energia para o personagem, por exemplo, enquanto que os jogadores que gostam de desafios podem preferir investir em itens que melhorem suas performances.

Eu sinceramente ainda não tenho uma posição definitiva em relação ao Free-to-Play ter vindo para ficar ou mesmo se esse estilo de distribuição tem poder para acabar com o modelo tradicional, porém, me agrada a ideia de podermos gastar apenas naquilo que mais nos interessa em um jogo e um exemplo é a série Dirt. Recentemente resolvi dar uma nova chance ao segundo título da franquia e acabei desistindo por detestar a ideia da Codemasters de rechear o game com firulas e pirotecnias. Seria ótimo se eu pudesse adquirir apenas as corridas de rally que existem no jogo e por isso acho que se bem utilizado o modelo de microtransações poderá ser benéfico à indústria.