Dori Prata 11 anos atrás
Você já parou para pensar em quão importante é a música para enriquecer a narrativa de um jogo ou filme? Ambas as mídias são basicamente voltadas para a visão e como este é o sentido mais importante dos seres humanos, muitas vezes nosso cérebro está mais concentrado em captar a maior quantidade possível de informações visuais, nos fazendo não dar muita atenção para a trilha sonora e como ela pode tornar o universo de um jogo muito mais interessante.
Conhecido como música diegética, esse conceito tem sido cada vez mais utilizado nos games e serve para dar mais imersão à produção, fazendo parte da cena e ajudando os roteiristas a contarem uma história, e como não se trata de algo muito conhecido pelo público, o site 1UP fez um excelente artigo mostrando alguns títulos que se valeram desta técnica.
Talvez o exemplo que mais facilmente exemplifique isso seja a série Grand Theft Auto e as rádios presentes no automóveis, mas também não podemos esquecer de passagens como a memorável abertura do Parasite Eve, a brilhante utilização da música Don't Fear the Reaper na sequência incial do Prey ou a tão elogiada ópera do Final Fantasy VI.
O texto cita ainda o The Legend of Zelda: Ocarina of Time, que em certo momento faz com que o jogador saia a procura de uma personagem que está numa floresta e para encontrá-la, devemos nos guiar pela melodia que ela toca em sua ocarina, fazendo com que a música tenha um papel fundamental na jogabilidade e funcione como um quebra-cabeça.
Talvez os desenvolvedores devessem utilizar com mais frequência as músicas para tornar as narrativas mais atraentes e com o tempo os jogadores passem a dar mais valor a esse aspecto, porque se for para deixar os games com enredos melhores, acredito que toda iniciativa é válida.